Introdução

Índice:

  1. História
  2. Saboaria artesanal
  3. Água e outros líquidos
  4. Álcalis
  5. Óleos
  6. Propriedades dos óleos
  7. Índice de saponificação dos óleos
  8. Cálculo do sabão
  9. Calculadora de sabão
  10. Óleos essenciais
  11. Aditivos
  12. Fornecedores
  13. Referência bibliográfica

História 

Quando se fala de sabão e saboaria sempre se começa com a história do sabão. A internet aloja dezenas destas história, como tudo começou. Algumas muito fantasiosas e outras que fazem sentido. Tudo remonta à milhares de anos atrás, a última que lí fala de 2800 a.C. na Mongólia! Coitado do Plinio, o Velho, na Roma antiga e a sua Naturalis Historia, se soubesse que tinha gente fazendo sabão a tão longo tempo.

O curioso é que a origem da palavra sabão e a data e as circunstâncias da sua descoberta não são conhecidas com precisão. Muitos estudiosos acreditam que a descoberta foi acidental e o nome é atribuido à uma lenda Romana. O fato é que a palavra sabão é semelhante em várias línguas: Sapone (italiano), Savon (francês), Seife (alemão), Saippua (finlândes), Szappan (húngaro).

Simmons e Appleton no livro clássico Soap Manufacture, de 1908 citam na introdução, que o uso do sabão poderia ser uma medida da civilização de uma nação. É claro que isso é uma afirmação do início do século 20 e revestida de uma dose de discriminação. O fator fundamental é a higiene pessoal. O sabão ajudou no processo de conscientização do bem estar pessoal através do ritual diário de higiene, do banho. O execpcional sabão de Aleppo, produzido na cidade de mesmo nome na Síria, feito de oliva e óleo de louro, tem história desde os anos 1100, era das cruzadas, o movimento paramilitar cristão. Como se desenvolveu e prosperou esta saboaria na cidade de Aleppo, que se manteve de geração a geração até os tempos atuais? Quem eram os clientes do sabão de Aleppo? Os cruzados eram os clientes. Sim, os cruzados, por mais de um século, na longa viagem da Europa para a Terra Santa, paravam em Aleppo para se lavar, para fazer a higiene usando o sabão de Aleppo, antes de seguir e entrar em Jerusalém.

Se dermos uma olhada  no estudo da higiene e bem estar dos seres humanos, vamos nos deparar com três palavras que são representativas das dimensões históricas da evolução. Limpeza, pureza e higiene,  empilhadas umas sobre as outras contam a história da evolução, deste os ancestrais da era Neolítica que já adoravam a boa aparência, a ordem e a beleza,  até os tempos recentes.  O primeiro extrato, a base,  que é a limpeza, constitui o que é o lado humano e animal de todos nós, é o instinto associado até à sobrevivência. Pureza constitui algo que foi feito, fabricado pelo homem desde os tempos remotos, como uma psicologia que produziu certas religiões refinadas ou sobrenatural, ideologias de divina perfeição que foram impostos à  nossa natureza animal e ao mundo material. Higiene deriva dos Gregos clássicos para caracterizar o bem estar humano no intuito de  preservar e prolongar a vida.
Um único produto alinhado e associado intimamente com limpeza, pureza e higiene, é o sabão. Como diz o mestre Marcus Siviero – “o sabão nosso de cada dia”.

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Saboaria artesanal

Por uma questão de esclarecimento, defino aqui o que considero saboaria artesanal. São todas as atividades feitas sem emprego de máquinas, onde um sabão na forma sólida ou líquida é produzida a partir dos componentes primários, que são os óleos e os álcalis, por meio de uma reação química de saponificação. Pratico o que é denominado saboaria artesanal natural e vegetal, isto é, não emprego nada de origem animal, excessão à poucos componentes tais como a cera de abelha e o leite de cabra, e obviamente, nada de derivados petroquímicos.
Importante salientar que as atividades com o uso das bases glicerinadas, muito popular, é uma forma de artesanato em sabão e não saboaria artesanal.
Como se pode ver no tópico sobre Química, o produto da reação de saponificação é o sabão e a glicerina. Na industria saboeira a glicerina é retirada do processo (by-product) por ter tido um alto valor comercial, mais do que o produto primário, o sabão, e vendido como matéria prima da industria química. Todo o maquinário industrial de processamento do sabão foi projetado com esse princípio de retirada da glicerina.
Na saboaria artesanal toda a glicerina produzida na saponificação é mantida no sabão o que confere aos produtos artesanais propriedades de umectação/hidratação à pele, características da glicerina. Isto não acontece com os produtos industriais que tendem a ressecar e agredir a pele mais sensível. A diferênça é notável!
Irônicamente, hoje com um excesso de glicerina no mercado devido ao aumento da produção de biodiesel, que também produz glicerina por transesterificação, a industria corre para rever seus processos mas o estado da arte da tecnologia e os custos não facilitam este trabalho.

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Matérias primas

Água e outro líquidos 

A água é o líquido mais comumente usado para fazer o sabão. Pode ser usado a água destilada ou a água tratada, potável, da torneira. O leite de cabra é usado quando se quer fazer um sabonete de leite de cabra. Outros líquidos usados são a cerveja e mesmo o vinho para fazer sabonetes exóticos.

Álcalis

São usados o hidróxido de sódio (NaOH) conhecido como soda ou soda cáustica quando se quer um sabão duro e o hidróxido de potássio (KOH) conhecido como potassa quando se deseja um sabão mais mole ou líquido. Ambos são produtos químicos controlados e por isso existe uma limitação de quantidades que podem ser comprados por mês pelas pessoas físicas. O controle é mais rigoroso na potassa.
Compre, principalmente a soda, de fornecedores idôneos por que existe adulteração, principalmente com cloreto de sódio, o sal de cozinha. Use o que tem concentração mínima de 97%.

Óleos

Existe uma infinidade de óleos e gorduras que podem ser usados na elaboração de um sabão. Teoricamente qualquer óleo de origem vegetal ou animal poderia ser usado pois todos possuem ácidos graxos na sua constituição que reagem com os álcalis gerando o sabão. A escolha dos óleos está condicionada às propriedades que se deseja do sabão. O Brasil é um país previlegiado com as variedades únicas dos óleos da Amazônia, a maioria com propriedades medicinais. Andiroba, copaíba, cupuaçú, buriti, castanha do pará, murumuru, fazem parte deste elenco magnífico de óleos.
Os óleos básicos, aqueles que são mais utilizados são: oliva, mamona, girassol, canola, côco, babaçú, palmiste, palma . Estes óleos possibilitam a estrutura fundamental para formulação do  sabão, otimizando as suas propriedades. Os óleos que conferem características especiais, os chamados óleos modificadores, os mais utilizados são: jojoba, karitê, amêndoas doce e cacau.

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Propriedade dos óleos

As propriedades de um óleo que conferem características ao sabão são dadas pela composição dos ácidos graxos constituintes de cada óleo. Na tabela abaixo estão a composição dos ácidos graxos e suas propriedades para os principais óleos utilizados na saboaria.

A propriedade condicionadora da pele se refere principalmente às características de emoliência  e humectação. Agente emoliente é o que atua como um lubrificante para a superfície da pele, conferindo à pele maciez e lisura. Agente humectante é o que atua aumentando o conteúdo de água na camada superior da pele, pela captura da umidade do ar circundante.

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Óleo de palma e palmiste

Uma dúvida recorrente sobre os óleos diz respeito ao óleo de palma. Muitos tem dúvidas o que é o que na profusão de óleo de palma que se encontram no mercado.  Palma, dendê, palma bruto, palma refinado, oleina de palma, estearina de palma, palma orgânico, palmiste, são as denominações referentes aos óleos obtidos dos frutos da palmeira Elaeis guineensis, também conhecido como dendezeiro. A Elaeis guineesis é nativa na região tropical, aproximadamente 10 graus acima e abaixo da linha do equador. No Brasil, na região amazonica, com grandes áreas de cultivo nos estados do Pará, Amazônia e em menor escala na Bahia

Elaeis guineesis

Os maiores produtores são a Indonésia, Malásia, Nigéria e Colômbia. O Brasil ocupa a posição de 13° produtor mundial

Fruto da Elaeis guineesis, palmeira de palma

Uma característica peculiar do fruto do dendezeiro é que ela produz dois tipos de óleo: da polpa (mesocarpo) é extraido o óleo de palma e da semente o óleo de palmiste (PKO – palm kernel oil). A composição de ácidos graxos destes óleos são completamente diferentes. No óleo de palma predominam o palmítico e o oleico e no palmiste, o laurico e o mirístico, sendo este muito semelhante ao côco e côco de babaçú.

A polpa e consequentemente o óleo de palma bruto, tem uma cor amarelo a laranja-avermelhado atribuida à quantidades de carotenóides no fruto e também ao nível de oxidação que a fruta sofreu ao ser mantida estocada antes de ser processada.

Beneficiamento dos frutos do dendezeiro: extração e refino

Extração

Processo Extracao Palma Port 520

O processo de extração tipicamente segue um fluxo como o desenhado acima. O produto final da extração é o óleo de palma bruto, com sua característica cor avermelhada e as amêndoas do frutos que ficam preparados para a extração do óleo de palmiste numa etapa posterior. Este óleo de palma bruto de cor avermelhada, é o que é chamado de azeite de dendê, muito usado na culinária regional baiana. O Brasil e alguns paises da África são os únicos que usam o óleo de palma bruto na culinária.

Óleo de palma bruto rústico (oleina + estearina)

O azeite de dendê é formado por duas principais frações: oleina, a fração líquida e a estearina, a fração sólida. Em temperatura ambiente de 25°C as duas frações coexistem separadamente. É fácil separar a oleina da estearina com um simples processo de fracionamento com variação de temperatura.

Óleo de palma bruto mais elaborado, predominância de oleina

A quantidade de carotenóides (como beta-caroteno que atua na prevenção da carência de vitamina A) presentes no óleo de palma bruto variam de 500 a 2500 μg/kg de acordo com o grau de maturação e do genotipo do fruto do qual é extraído.

O óleo de palma bruto possui ainda os chamados constituintes menores que podem ser ácidos graxos, fosfatídios, ésteres, álcoóis alifáticos, tocoferóis, pigmentos e traços de metais. Grande parte destes constiuintes podem ser eliminados com o refino do óleo de palma.

Muitos azeites de dendê a venda em casas de artigos nordestinos são provenientes de pequenos produtores no estado da Bahia, das cidades de Nazaré e Valênça. A característica mais marcante da produção deste óleo de palma bruto é o seu modo rústico de extração através de prensagem nos chamados “rodões” de pedra, um processo rudimentar, onde não se observa cuidados com os frutos no momento da colheita e transporte o que acaba ocasionando uma grave acifificação do óleo., o que reflete na alta heterogenidade do produto.

Refino

Processo Refino Palma Port 520

Existem dois processos para o refino do óleo de palma. O processo mais recente que é o físico, é altamente eficaz e de custo menor. O processo alcalino usa hidróxido de sódio na neutralização e é um processo em desuso para produção em larga escala.

Óleo de palma refinado (RBD)

O produto final é o óleo de palma refinado denominado internacionalmente como Palm Oil RBD (Refined, Bleached and Deodorised), Óleo de Palma RBD (Refinado, Branqueado e Desodorizado).

Após o processo de refino o óleo de palma pode sofrer um fracionamento por meio de cristalizaçao com temperatura controlada resultando em uma fase líquida, chamada de oleina de palma e uma fase sólida, chamada de estearina de palma. A oleina é usada em frituras industriais e a estearina em fritura à altas temperaturas e também como margarina vegetal e shortening com a vantagem de não precisar de hidrogenação (ausência de gordura trans).

 Extração do óleo de palmiste

Processo Extracao Palmiste Port 520

A extração segue o fluxo acima e é um processo físico, sem uso de solventes.

Óleo de palmiste (PKO)

O óleo de palma e a saboaria artesanal

Com seu alto conteúdo de palmítico o óleo de palma confere ao sabão a dureza ideal. Com excessão da manteiga de cacau e a manteiga de karité, que contém altas quantidades de esteárico e palmítico, o palma é o único óleo que possibilita, à um custo razoável, obter uma boa dureza ao sabão.

Técnicamente qualquer forma de óleo de palma pode ser usado para fazer sabão. Veja na tabela acima que não existem diferênças significativas na composição e o IS são todos iguais. (Obs. a oleina e a estearina da tabela são RBD).

Saliento entretanto que fiz dois lotes com palma bruto (oleina + estearina) usando dois óleos de marcas diferentes, comprados em lojas de artigos nortestinos e em ambos, depois de um certo tempo, apareceram spots brancos na superfície do sabão. Este defeito é conhecido como DOS – dreaded orange spot, que é ocasionado pela oxidação do óleo. Esta oxidação provavelmente é ocasionada pelos constituintes menores que me referi acima, presentes no óleo bruto e também pelo processo rudimentar e falta de cuidados na extração. O sabão feito com o azeite de dendê tem sempre uma cor amarelo clara cuja intensidade depende da quantidade usada.

A estearina de palma por seu alto ponto de fusão (acima de 50°C) pode se tornar inviável no processo cold pois temperatura do processo teria que ser muito alta.

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Índice de saponificação dos óleos

Todos os óleos possuem um índice de saponificação (IS), que é a quantidade em mg de hidróxido de potássio (KOH) que reage com uma grama de óleo. Este IS é importante na formulação do sabão porque através dele é possível calcular, para uma dada quantidade de óleo, a quantidade de álcalis necessários para a reação.

Abaixo está uma tabela com o IS dos principais óleos utilizados na saboaria:

 Cálculo do sabão

Vejamos com o exemplo abaixo, como se calcula a quantidade de soda necessária para uma determinada quantidade de uma mistura de óleos para fazer o sabão.

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 Calculadoras de sabão

Para facilitar o cálculo do sabão existem as calculadoras de sabão. Na internet estão disponíveis várias opções. A que costumo usar é a da Majestic Mountain Sage, bem fácil de usar.

Primeiro você preenche os dados da sua formulação (Recipe Title), o seu nome (Created by). Escolhe a unidade de medida, no nosso caso é grama (grams), o tipo de álcali. Caso você esteja usando uma solução de álcali, preencha a concentração (Liquid Lye Solution).

Vá na tabela de óleos e preencha a quantidade no campo em frente de cada óleo escolhido e clique no pé da página para calcular (Calculate Lye).

O resultado aparece nesta página. No campo (Lye Table NaOH) está o resultado da quantidade de soda necessária. No lado direito (% excess fat) 0 (zero) significa nenhum excesso de óleo e 10, significa 10% de excesso de óleo. É bom trabalhar sempre na região verde. Eu costumo trabalhar com 5% de excesso de óleo. Isto é assim por medida de segurança.  Com excesso de óleo você sempre terá um produto dentro de uma faixa segura de alcalinidade, de pH. Na quantidade de líquido (Liquids) tem uma faixa de trabalho. Costumo usar, para 100 gramas de óleos, 32 gramas de água. Lembrando que quanto maior a quantidade de água, maior é o tempo para se obter o trace, e o sabonete demora mais para secar.

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 Óleos essenciais

É quase mandatório o uso de óleos essenciais para a fragância do sabonete por cold process. As essências, que são produtos sintéticos, não funcionam no cold por conter álcool que ocasiona o que é chamado “seizing”. A massa de sabonete desanda e a reção acelera rapidamente impossibilitando o seu manuseio e a colocação no molde. Os óleos essenciais são muito caros, chegam a representar de 35 a 60% do custo de um sabonete cold. A quantidade que uso normalmente é de 6% sobre os óleos. No hot process é possível o uso de essências pois a adição da fragância é feita ao final da saponificação. Também no hot é possível diminuir a quantidade de óleos essenciais.

 Aditivos

Os aditivos são os componentes que tem uma função bem específica no sabonete e normalmente são usados em pequenas quantidades. Podem dar cores com os pigmentos e argilas, evitar a oxidação com os anti-oxidantes naturais, reduzir o pH com ácidos naturais, etc.

Colorantes

Três características devem ser consideradas na escolha de materiais para dar cor aos sabonetes feitos por cold process. Os materiais colorantes devem, em primeiro lugar, serem inertes à pele, isto é, não devem provocar nenhuma reação adversa em contato com a pele. Devem ser resistentes ao meio alcalino da reação de saponificação do cold process e devem ser resistentes à luz, não devem desbotar e perder a cor quando o sabonete é exposto à luz.

Para atender o primeiro requisito, a melhor opção é usar os materiais aprovados pelo FDA (Food and Drug Adminstration) americano para uso em cosméticos. Associando este primeiro requisito com os demais, restam poucas alternativas e normalmente recaem na classe dos pigmentos, a maioria inorgânicos e sintéticos.

    • Óxido de ferro – preto, vermelho, amarelo, ocre
    • Ultramarino – azul escuro, azul claro e violeta
    • Óxido de cromo – verde claro e verde escuro
    • Dióxido de titânio – branco
    • Óxido de zinco – branco, vermelho claro (calamina)
    • Ferrocianeto férrico – azul escuro
    • Mica – efeito perlescente de várias tonalidades

Esta classe de pigmentos são os aprovados pelo FDA, são resistentes ao cold process e não perdem a cor com o tempo.

Estes pigmentos são dificeis de serem encontrados nas quantidades pequenas que são usados na saboaria artesanal. Uma alternativa que eu uso é comprar estes pigmentos em lojas que vendem materiais para uso artísticos – os pintores usam para preparar as suas tintas. São vendidos em pequenas embalagens, inferior a 100g, custam caro mas rendem muito e a compra também pode ser feita cotizando com outros artesões. Uso das marcas Sennelier (francesa) e Mahler (fracionado no Brasil).Além desses pigmentos podem ser usados as argilas naturais que não possuem o poder de tingimento dos pigmentos mas são fáceis de serem encontrados nas cores branca, verde, amarelo e rosa, estes dois últimos, tingidos, na sua preparação, com óxido de ferro. Para a cor preta uma opção é o uso do carvão de bambú que além do forte poder de tingimento tem suas propriedades condicionadoras da pele.

Uma outra opção é você fazer o seu proprio colorante, através da maceração de certas plantas com óleos que são normalmente usados no cold process. Um exemplo é a maceração de chá verde ou ervas de chimarrão para obter uma cor verde claro. Alguns componentes da própria formulação pode dar uma cor discreta ao seu sabonete, como o mel que dará uma cor creme ou o uso do leite de cabra que dependendo da temperatura do processo cold poderá dar uma cor creme ou marrom escuro ou ocre.

Importante enfatizar que a maioria dos corantes que se usam em alimentação e para colorir velas, são anilinas (azo componentes) que não resistem ao meio alcalino e também não tem resistência a luz e portanto não devem ser usados para dar cor aos sabonetes. Neste caso é sempre bom testar antes.

Uma última observação diz respeito a questão de pigmentos naturais versus sintéticos. Se você faz saboaria natural e não abre mão de só usar materias de origem natural, é entendível que você não vai querer usar um pigmento sintético (feito pelo homem). Acontece que o FDA só aprova pigmentos sintéticos porque os naturais podem estar contaminados com metais pesados (tóxicos) que não podem ser separados na sua extração e alguns realmente fazem mal à saúde, como o chumbo e o cadmio. A escolha é sua!

Na página de download coloquei arquivos com a relação dos materiais aprovados pelo FDA para uso em cosméticos e também o catálogo da Sennelier dos pigmentos artísticos. Em ambos estão assinalados os pigmentos que podem ser usados no cold process.

 

Anti-oxidantes e conservantes naturais

Os produtos típicos da saboaria artesanal natural tais como sabonetes, cremes, óleos corporais, bálsamos, podem se deteriorar com o tempo. Esta deteriorização pode ser provocada pela oxidação dos óleos e/ou pela formação de bactérias e fungos.

Os produtos que inibem ou retardam estes defeitos são os anti-oxidantes e os conservantes.

Anti-oxidantes

Muitos já devem ter ouvido falar ou mesmo presenciado um defeito que ocorem com os óleos em geral, em óleos que se usam na cozinha. Este defeito é a rancificação do óleo ao longo do tempo de estocagem, denotado pelo cheiro característico de ranço, o óleo se estraga. Este mesmo defeito pode ocorrer com com o sabão feito artesanalmente, é raro mas pode ocorrer com sabão feitos com determinados óleos, por exemplo, óleo de semente de uvas e que tenham na sua formulação um alto valor de sobre-engorduramento (superfatting), acima de 8%.

A rancificação é um processo de oxidação onde os radicais livres formados pela luz e o ar atacam as insaturações presentes nos óleos poliinsaturados, como no caso do óleo de uvas.

Conservantes

Em produtos com uma razoável quantidade de água, como nos cremes a base de água, é muito comum a formação e crescimento de microorganismos que acabam por estragar o produto. Neste casos é sempre necessário o uso de algum tipo de conservante. Nos produtos anidros ou com muito pouca água normalmente não é necessário esta precaução.

Anti-oxidantes e conservantes naturais

Existem três produtos elementares que tecnicamente podem ser considerados anti-oxidantes eficazes: óleo resina de alecrim (extrato das folhas de Rosmarinus officinalis), vitamina E (tocoferol) e extrato das sementes de toranja (Citrus grandis).

Óleo resina de alecrim (Rosemary oleoresin extract -ROE)

Destilado das folhas de alecrim, o óleo resina é talvez o mais efetivo anti-oxidante desta classe. Importante salientar que não é o óleo essencial de alecrim, que não possue propriedades anti-oxidante. Tem um ligeiro cheiro herbáceo que pode ser mascarado quando misturado com outras fragâncias. O ROE é solúvel em óleos e deve ser misturado na fase óleo quando do preparo de cremes, loções e bálsamos, etc. Normalmente é vendido nas concentrações de 2 e 5% e a quantidade recomentada é de 0,1 a 1% para o de 2% e 0,05 a 0,5% para o de 5%.

Vitamina E

Este é o mais antigo e bem conhecido de todos os anti-oxidantes. Foi o primeiro a ser introduzido no mercado, não só como anti-oxidante mas também como hidratante. Como o ROE, a vitamina E é solúvel em óleo. Existem dois tipos de vitamina E: vitamina E acetato (dl-tocoferol), que é sintético e a vitamina E natural ( d-tocoferol). É sempre preferível usar o natural por sua maior eficácia, alias, alguns autores afirmam que o sintético não tem ação anti-oxidante, o que é uma controversia pois as capsulas medicinais de vitamina E são feitas com o acetato sintético. A recomentação de quantidades são, 1 a 5% do acetato e 0,1 a 0,25% do natural.

Extrato de sementes de toranja (Grapefruit seed extract – GSE)

O mais novo dos anti-oxidantes, preparado do pó das sementes de toranja. Muitas pessoas tem usado o GSE como conservante contra bactérias e fungos, mas sua efetividade não está comprovada extensivamente. Se for usar, é melhor testar antes pois depende muito da formulação. Como anti-oxidante a quantidade recomendada é de 0,05 a 0,5% e como conservante, 0,5 a 1%.

Nenhum deste três comprovados anti-oxidantes se encontram à venda no Brasil.

Não exite um produto elementar natural que pode ser considerado um conservante efetivo. O GSE poderia ser considerado um conservante apesar da falta de unamimidade da sua eficácia. Existem algumas preparações proprietárias normalmente constituidas de uma mistura de componentes naturais que tem se revelados efetivos como conservantes, entre outras propriedades. São eles, o Biopein® e Neopein® ambos da Bio-Botanica, que são extratos de várias ervas e o Dermosoft 688 ECO® da empresa Dr. Stratmans, certificado pela Ecocert.

Anti-oxidantes e conservantes em sabonetes por cold process?

Nos sabonetes feitos por cold process usando óleos convencionais com uma formulação balanceada de óleos, não é necessário se preocupar com a oxidação, ela raramente ocorre e a faixa de pH alcalino do sabão aliado ao baixo teor de água, inibe a formação de microorganismos. Portanto não é necessário o uso de anti-oxidantes e nem de conservantes e o produto se manterá por um longo tempo sem se alterar – eu tenho sabonetes feitos há mais de três anos e estão perfeitos!

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 Fornecedores

NomeEndereço do site/e-mailCategoriaObservação
Distriolwww.distriol.com.brÓleos em geral
Aboissa www.aboissa.com.brÓleos em geral, fraciona alguns óleos
Casa do Artistawww.acasadoartista.com.brPigmentos para artistas
Ferquimahttp://www.ferquima.com.br/Óleos essenciais e alguns óleos específicos
Casa Polyhttp://www.casadasessenciaspoly.com.br/Produtos químicos, grande variedades de outros produtos para saboaria, cosmetologia, perfumaria, etc
Casa Americanahttp://www.casaamericana.com.br/Produtos químicos, reagentes, equipamentos para laboratório
Royal Marckhttp://www.royalmarck.com.brProdutos químicos, reagentes, álcalis
Meméiahttp://www.leitememeia.com.br/Leite de cabra fresco
Bramble Berryhttp://www.brambleberry.com/Matéria primas para saboaria em geral, bem completaFica EUA. Normalmente incide impostos ,mas já comprei várias vezes e não paguei
MMS - Majestic Mountain Sagehttp://www.thesage.com/Matéria primas em geral para saboariaFica EUA. No site não é possível comprar diretamente p/ Brasil. Mande um e-mail que eles instruem como fazer
Comercial Rizzohttp://www.comercialrizzo.com.br/Embalagens em geral e papel celofane original
Alpha Químicahttp://www.alphaquimica.com.br/Produtos químicos, farmacêutica e cosmética
Sabão & Glicerinasabão e glicerinaProdutos para saboaria em geral, incluindo óleo de babaçú e palma
Império do BanhoImperio do BanhoProdutos em geral para saboaria

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Referência Bibliográfica

Título/TitleAutor/AuthorEdição/Edition
Analysis of Cosmetic ProductsSalvador, Amparo; Chisvert, AlbertoElsevier, 2007
Bailey's Industrial Oil & Fat ProductsShahidi, FereidoonWiley Interscience, 2005
Biology of Floral ScenteDudareva, Natalia; Pichersky, EranTaylor & Francis, 2006
Chemical Composition of Everyday ProductsToedt, John and et allGreenwood Press, 2005
Clean a history of personal hygiene and purity Smith, VirginiaOxford University Press, 2077
Common Fragance and Flavor MaterialsSurburg, Horst and Panten, JohannesWiley Verlag, 2006
Cosmetic and Toiletry FormulationsFlick, Ernest W.Noyes Publications, 1992
CosmetologyGanzalez, AnthonyGlobal Media, 2077
Creating an Herbal Bodycare BusinessMaine, SandyStorey Books, 1999
Handbook of Cosmetic Science and TechnologyBarel, Andre O. and et allInforma Healthcare, 2009
Handbook of DetergentsZoller, UriMarcel Dekker, 2004
Handbook os Industrial Chemistry and BiotechnologyKent and RiegelSpringer, 2007
Liquid DetergentsLai, Kuo-YannTaylor & Francis Group, 2006
Making Natural Liquid SopasFailor, CatherineStorey Publishing, 2000
Perfumery Practice and PrinciplesCalkin, Robert R.; Jellinej, J. StephanWilley Interscience, 1994
Poucher's Perfumes, Cosmetic and SoapsButler, HildaKluwer Academis Publishers, 2000
Soap Manufacturing TechnologySpitz, LuisAOCS Press, 2009
Soaps, Detergents, Oleochemicals and Personal Care ProductsSpittz, LuisAOCS Press, 2004
The Art of Soap-MakingWatt, AlexanderThe Technical Press, 1946
The Chemistry of Aromatherapeutic OilsBowles, E. RoyAllen & Unwin, 2003
The Chemistry of FragancesPybus, David H.; Sell, Charles S.RSC, 2006
The Complete idiot's Guide to Making Natural SoapsTrew, Sally W.; Gould, Zonella B.Alpha, 2010
The Natural Clean HomeMaier, Karyn SiegelStore Books, 1999
The Science os Soap Films and Soap BubblesIsenberg, CyrilDover Publications, 1992

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332 ideias sobre “Introdução

    • Mari,
      Gracias. Es importante tener una opcion de comprar en Argentina, la certeza que o precio e lo frete son mejores.

  1. Olá Roberto,
    Buscando pelo óleo de Babaçu encontrei um tal óleo de Licuri. Segundo li em um site as propriedades são muito similares ao óleo de babaçu e é utilizado por muitas saboeiras. Você já ouviu falar? Sabe me dizer algo a respeito?

    • Michell
      Conheço pouco do Licuri (Syagrus coronata) ou ouricuri, uma palmeira nativa na Bahia que produz óleo cuja composição se assemelha ao do Babaçú. Como tem baixo rendimento em relação ao babaçú, não é disponível amplamente.Seu comsumo, inclusive como óleo cosméstível se restringe à região de produção que é o estado da Bahia.
      Não conheço alguém que usa ou usou este óleo na saboaria artesanal

      • Obrigada Roberto. O vendedor me ligou e o preço é muito baixo (5-7 reais o litro). Ele disse que é melhor que o óleo de coco pois espuma mais entre outras coisa, mas fico desconfiada em relação ao contato com a pele, se reage da mesma forma que o babaçu, etc

        • Micheli,
          O preço está ótimo! Mas é o que vc falou, como é uma extraçào em pequena escala é possível que a pureza não seja a mais adequada e aí pode ter problemas no uso. Vc está na região de produção deste óleo?

          • Não, mas pensei em pegar 5 litros pra testar. O frete fica em 19 reais. Sai a menos de 10 reais o litro mesmo com o frete, mas fico preocupada é com a pele, se resseca , se tem alguma reação. O vendedor me disse que tem uma saboeira em Ubá que trocou o babaçu pelo Licuri e que me passaria o contato. Ele também falou que o óleo é filtrado como o babaçu.

      • Sou baiana e por isso conheço bem o licuri. Utilizei o óleo em sabões que fiz recentemente, minhas primeiras incursões no mundo do sabão. Creio que as propriedades são mesmo bem semelhantes ao palmiste.

    • Ola. Obrigada por todas as informaçoes. Otimo. Gostaria de saber onde comprar o oleo de oliva. Obrigada

      • Sofia,
        Compre no supermercado de marcas conceituadas. Não compre os baratinhos que podem estar adulterados

  2. Olá Roberto! Moro em Curitiba e há uma dificuldade em se encontrar o óleo de palma refinado. Encontrei o azeite de dendê bruto e fiquei em dúvida: é necessário desprezar a fase sólida (estearina) do azeite na confecção do sabonete?

    • Barbara,
      Melhor não separar a oleina da estearina. Se vc aquecer o dendê vai ficar tudo homogeneo e vc usa assim.
      Realmente é difícil encontrar o palma. Em SP tem mas teria que pagar o PC/Sedex.

      • E a temperatura para mistura, continua em 34° C? Tenho acesso a gordura de coco . É branca, sólida, sem cheiro. Pode substituir o coco babaçu? Obrigada

        • Olá Barbara
          Qual formulação vc quer fazer ou está fazendo? Me rsponda, pf,por e-mail.
          O óleo/gordura de côco (Cocos nucíferas, côco da praia) pode substituir o óleo de babaçú.

          • Uso a Palma da marca Agropalma, uma gordura no estado sólido/pastoso que é vendido em baldes de 18kg para uso em pastelarias e sorveterias. Em Fortaleza (onde moro) é vendido por 88,00. Sai bem barato!

  3. Boa tarde Prof. Akira,
    Antes de mais nada, agradeço o compartilhamento de todas as informações aqui colocadas. Li tudo e estou fazendo muito proveito, mas surgiu uma dúvida que não consegui sanar. Relativo ao pH, realmente verifiquei que o sabonete artesanal produzido pelo cold process apresenta valor mais alcalino (+/- 10), o que torna bastante desagradável o contato acidental com os olhos. Há no seu texto introdutório uma menção a respeito do uso de ácidos naturais como aditivo para corrigir o pH. Seria possível tornar o pH mais próximo do neutro, sem interferir no processo e na qualidade do sabonete? Quais ácidos recomenda e como/quando deve ser acrescentado?
    Obrigada pela atenção.

    • Violeta,
      Todos os sabões em barras quer sejam industrializados ou artesanal, são alcalinos pela natureza do sabão. O sal de sódio ou potássio do sabão tem pH entorno de 8 a 10, qdo feito com critério correto. Os sabonetes industrializados tem pH normalmente mais alcalino do que o artesanal. Cheguei a testar muitos sabonetes de supermercado e encontrei até valores de 11 de pH, o que é uma região já problemática para a pele.Tem um único sabonete muito vendido que tem pH de 8 ou um pouco abaixo, mas este sabonete é um sabonete híbrido, tem componente patenteado que é petroquímico.

      No sabonete em barra, feito por cold process, não é possível fazer nenhuma ação de neutralização, isto é, não pode ser corrigido o pH.
      Já no sabão líquido é possível corrigir o pH para valores em torno de 8 utilizando bórax ou ácido cítrico.

      • Olá Prof. Akira,
        Muito obrigada pela gentileza.
        Medi o pH de um sabonete industrializado que tinha em casa e o pH foi +/- 9. Como o artesanal 72%oliva que confeccionei apresentou valor 10, fiquei um pouco preocupada, mas depois da sua explicação fiquei tranquila e agora posso presentear parentes e amigos.
        Tenho certeza que vão gostar, pois eu adorei. Realmente o efeito sobre a pele é bem distinto de um sabonete de supermercado. Testei isso deixando de usar hidratante após o banho e para a minha surpresa a pele não ficou ressecada e esbranquiçada, como comumente fica após uso de sabonetes industrializados.

        • Violeta,
          Muito bem, bom que vc gostou, não tem quem não goste. Vc não mais vai comprar os detergentes que vendem como sabonete!

          • Professor,
            O sabonete 72:18:10 de oliva:coco:palma com 8%SF mostrou-se agressiva para a pele do meu pai (uma de minhas cobaias rsrsrs), que, a exemplo de muitos homens, não quer se dar ao trabalho de passar hidratante após o banho. Depois disso, procuro fórmulas que utilizem no máximo 10% de coco ou babaçu, mas isto sempre torna o produto final mais mole. Existe algum óleo ou manteiga que ofereça dureza boa e baixa limpeza que possa substituí-los?

            • Violeta,
              Vc já está com o mínimo de ácido laurico na sua formulação e mesmo assim está sensibilizando a pele.
              Vc poderia tentar um 100% oliva, o tipo sabao de castilla, um sabão excelente e insuperável em termos de condicionamento. Outras propriedades nao são lá grandes coisas, mas se vc deixar secando bastante tempo, atenua a falta de dureza. A espuma é miúda e forma uma camada pegajosa na superfície. É o melhor sabão para a pele de bebês.

              Para manter a limpeza baixa sem perda de dureza, poderia aumentar o palma para 25 a 30%.

      • Oi amigo vejo nos vídeos nos videos da you tube onde pessoas falam que os sabonete artesanais co a cura de 21dias que o ph baixa p 7 ou 8 então isso não é verdade?com a cura ele não baixa o ph?

        • Lucia,
          O sabão demora em media20 dias para secar, mas o pH não se altera, sempre ficará em 9

  4. Roberto
    Comprei óleo de Castanha do Pará, porém não existe referência em nenhuma calculadora para eu calcular a soda. Como sou um zero à esquerda em reações químicas e a matéria, para mim, se trata de ciências ocultas, peço socorro. Gostaria de saber, pelos componentes do óleo, qual poderia usar nas calculadoras em substituição, de modo que a saponificação de certo. Já pensei em amendoim, nozes, avela, macadâmia, amêndoas, kkkk, tudo parecido, mas não vou fazer nada sem consultá-lo para não perder material.
    Obrigada

  5. Silvia,
    Óleo de Castanha do Pará : Brazil Nut, Huille de Noix du Brasil, Aceite de Nuez de Brasil – Bertholletia excelsia.
    peso especifico: 0,910g/cm3
    índice de iodo: 97 – 106
    Indice de saponificação (medio): 197mg KOH/g de óleo, 140mg NaOH/g de óleo
    composição de ácidos graxos: palmitico 18%, estearico 13, oleico 47, linoleico 15

    As calculadoras não tem este óleo, ou vc faz escolhendo um óleo parecido no seu indice de saponificação, ou faz o cáculo na mão, o que é fácil fazer, posso explicar como se faz

  6. Roberto, assisti um vídeo no youtube e o autor teve dificuldades com o trace da massa. Ele usou como aditivos a própolis e uma essência (substâncias alcóolicas). Se tiver disponibilidade assista essa parte do vídeo e confirme se o rápido endurecimento da massa foi devido à introdução de substâncias alcóolicas. Estou pesquisando isso por que embora queira fazer uso de óleos essenciais em meus futuros produtos eu gosto muito de própolis no sabonete. Você tem alguma experiência com o uso desse extrato? Sei que uma vez fui a Campinas e comprei um extrato de própolis à base de água, da Apis Flora, que também pode ser uma alternativa.
    Desde já obrigada.
    http://www.youtube.com/watch?v=83PGprkrUAQ

    • Ivy,
      qualquer substância que contenha álcool compromete a fase do trace, acelera em demasia e fica difícl de trabalhar a massa de sabão. Tem que evitar o uso de álcool.

  7. Boa noite Roberto,
    Muito grata por todas as informações partilhadas, seu site é enriquecedor! Parabéns!!!
    Moro no nordeste e só consigo adquirir óleo de palma bruto, assim, todos os sabonetes ficam com a cor característica desse óleo. Você pode me indicar um fornecedor de óleo de palma refinado?
    Gratidão!
    Um grande abraço!

    • Olá Karla,
      Realmente é difícil adquirir o óleo de palma refinado, algumas lojas on-line,situadas em SP vendem mas o preço é alto e o frete para o nordeste penaliza em muito.
      Uma sugestão é contatar o Amauri Amof que faz sabão e está em Salvador, ele quando começou teve problemas de adquirir o palma mas coseguiu um fornecedor na região: http://aromachik.blogspot.com.br/

  8. Caro Prof. Roberto,

    comprei por engano shortening de palma orgânico em vez de óleo de palma RDB, como posso usar o shortening em cold process para não ter que desprezar/desperdiçar?
    Tenho também óleo de palmiste, além de babaçu.
    Outra dúvida é que li que o óleo de oliva extra virgem não serve para a saboaria, então qual se deve usar?
    Muito grata,
    Silvia

    • Maria Silvia,
      Esse shortening de palma orgânico de que marca/fabricante é? O que está escrito na embalagem?
      O oliva extra virgem serve sim e muito bem! O que eu considero , é um desperdício usar o extra virgem para saboão. Pode usar o pomace/sansa/orujo/semente de oliva que é bem mais barato e é excelente para fazer sabão

      • Caro Roberto,
        é da Agropalma, veio em uma caixa de 13,6 kg, mas é shortening e não é o óleo de palma rdb(na caixa que veio tem essa opçaõ). Comprei da Buriti Coemrcial.
        Obrigada pela resposta e a informação do azeite de oliva.
        Abraço,
        Silvia

        • Maria Silvia
          Ok, qdo se trata da Agropalma a denominação shortening diz respeito ao óleo de palma refinado. Eu uso esse da Agropalma e compro do Celso da Buriti.
          Nem sei porque tem essa opção de palma refinado, pode ser para o Brasil e shortening para exportação. Se quiser confirmar pode perguntar para o Celso

          • Caro Roberto,

            Ufa! Que bom, então vai dar certo!
            Muito obrigada! Já estou super animada com os resultados obtidos sem o óleo de palma, agora finalmente vou experimentar.
            Muito obrigada por sanar essa dúvida. Não sabia como colocar esse shortening na calculadora, se como shortening, que geralmente tem outros óleos vegetais, né, ou se como algum tipo de óleo de palma… Então devo colocar como óleo de palma convencional, né?
            Obrigada, abração,
            Silvia

  9. Roberto
    é um imenso prazer escrever para você. Sou seu fã.
    A muito tempo estou pesquisando uma maneira de aproveitar as sobras de óleos de frituras aqui da minha cidade, eu moro em aracati-ceará para produzir um sabão mais natural possível e menos agressivo a pele mas meus esforços ainda não deram resultados satisfatórios.Já tentei várias fórmulas mas sempre esbarro em algum problema: Pah alto,tempo de reação rápido demais.dureza insuficiente etc.
    você não poderia me dar uma luz .Alguma informação que poderia me ajudar nesta minha pesquisa.
    desde já agradeço!

    • Warner,
      Tem dois post sobre este assunto no blog.
      Acho que vai ajudar a elucidar as dúvidas que vc está tendo. Qualquer ajuda a mais, me contate!

  10. Caro amigo, Roberto.

    Encontrei um dos post que você mencionou foi como uma explosão de uma super nova no meu universo de escuridão.
    obrigado !!!

    • A mesma coisa comigo. Fico emocionadissima com cada pagina que leio. Parece que estou tendo alguem sentado comigo no conforto da minha casa olhando nos meus olhos e me ensinando com carinho. Esse Sr. Akiro é demais.

  11. Caro Roberto,

    primeiramente gostaria muito de agradecer sua generosidade por compartilhar todo seu conhecimento de forma tão aberta e acessível!
    Bom, cheguei até aqui pois sou umas dessas pessoas que adquiriram alergia e dermatites por conta dos ingredientes químicos agressivos que as grandes cia utilizam. Então parei de usar todo e qualquer produto de higiene pessoal comercializado em grande escala. Imagino que possa imaginar a dificuldade extrema que é encontrar produtos alternativos no Brasil! Hoje basicamente faço todos os meu produtos desde hidratante até shampoo. Os sabonetes foram os últimos que tentei fazer e apanhei muuuito até encontrar aquela santa calculadora da mendrolandia e os seus ensimamentos. Consegui fazer o sabonete de castela sem me arriscar muito, pois não adicionei nada além do óleo de oliva e a soda/agua. Ficou suave, o ph ficou em 10 e durou bastante. Mas como viajei recentemente, aproveitei p/ comprar tudo o que não encontro aqui e gostaria de uma ajuda p/ não fazer besteira e desperdiçar os oleos e outros aditivos. Então lá vai:
    – o que vc recomendaria para fazer um sabonete bem equilibrado com óleo de borragem, primula e romã? Posso substituir o óleo de palma pelo de arroz? Sou leiga total e não sei se o oleo de arroz é tão ‘duro’ quanto o de palma. Alias como faço p/ saber se um óleo é ‘duro’ ou ‘mole’?
    – Como faço para adicionar aditivos tipo vitaminas líquidas (tenho vit b2, b5 e k), quer dizer, em que ponto devo adicionar na mistura e se esse tipo de ingrediente pode talhar o sabonete?
    – Posso usar essência que não seja óleo essencial na mistura? Comprei essências sem ftalatos que segundo a loja poderiam ser utilizadas para cold process. Não sei se isso procede.

    Enfim, muito obrigada!!
    Gabriella

    • Gabriella,
      Obrigado!
      Vamos as respostas:
      – os óleos de borragem (Borago officinalis L), prímula (Oenothera biennis) e o de romã (Punica granatum) são óleos que contém os ácidos graxos essenciais, fundamentáis para produtos comésticos, são muito nobres para se usar em sabão. Não recomendo usar para fazer sabão.
      – existe uma comunidade de saboeiros que nao usam o óleo de palma pela problemática séria de sustentabilidade dos óleos proveniente da Ásia (Malásia e Indonésia). Eles susbstituem por karité ou óleo de arroz. Obviamente a dureza nao pode ser comparada ao obtido com o palma, mas fica um sabão muito razoável. Veja este post no blog: http://www.japudo.com.br/2013/03/16/analise-de-formulas-de-sabao-livres-de-palma/
      – a dureza do sabão é conseguida pela quantidade de óleos saturados presente na formulação, qto maior, maior a dureza. Tipicamente são os ácidos graxos esteárico, palmítico e laurico.
      – esta vitaminas são próprias para uso em cosmética com ação antioxidante, preserva e revitaliza a pele. Não aconselho usar em sabão, a soda é muito agressiva e vai acabar destruindo os princípios ativos da vitaminas.
      – pode ser usado desde que a essencia nao contenha álcool (a maioria contém) pois o alcool é solvente do sabão e provoca o chamado “sezing”que é o defeito de subitamente acelerar o trace de modo que fica impossivel ou muito difícil manusear a massa de sabão. Existe em SP uma loja que tem algumas essencias proprias para cold process.

      PS, me made um e-mail que lhe passo o fornecedor de essencias compativeis com cp

      • Roberto,

        Muito obrigada pelas explicações!
        É, imaginei que seria besteira utilizar os oleos na elaboração do sabonete, mas queria fazer um para usar no rosto exclusivamente e como adoro esses óleos e utilizo-os no meu creme facial pensei se não conseguiria utilizá-los no sabonete. Também adoro o óleo de moringa oleifera que não encontro de maneira nenhuma aqui no Brasil. Vou mandar um email p/ vc!
        Obrigada!

  12. Olá, bom dia
    Será que me pode informar sobre um fixador de aroma dos oleos essenciais
    para sabonetes de azeite fabrico artesanal.
    Muito obrigada.

    • Ana Silva,
      Eu só conheço um fixador efetivo para os OE no sabão.
      É o uso de óleo essencial de litsea cubeba qdo vc usa óleo essencial de lavanda.
      A proporçao é mais ou menos 2:1 de lavanda:litsea cubeba.
      O melhor fixador para os OE é a quantidade. Existe uma regracinha de quantidades, quando for usar OE: fraco – 2 a 3%, médio – 3 a 4% e forte – de 5 a 6%
      Espero que te ajude

  13. Caro Roberto,

    Tomei conhecimento do seu blog a partir do grupo “saboaria”.
    Sou nova nestas andanças e ando a estudar antes de deitar mãos à obra.
    Queria apenas felicitá-lo: Publicação excelente para iniciados! e blog muito bom, cheio de informação e explicação (gosto de saber o porquê das coisas!)

    Obrigada por partilhar o seu saber e continuação de bons sabões!

  14. Olá Roberto! Primeiro queria parabenizar o seu blog pois é cheio de informações realmente úteis desta área um tanto árida no Brasil. Poucas informações decentes eu tenho encontrado na internet. Enfim, tenho duas duvidas importantes… Existe alguma diferença significativa entre os sabonetes cold process e os glicerinado? Outra coisa, há algum problema em usar soda 99%? Muito obrigado!

    • Vinicius
      O sabonete cold process é feito do scratch (do zero) a partir da matéria primas fundamentais, envolve um processo químico que gera o sabao. Os glicerinados são os chamados artesanato em sabão, a partir de uma base (base glicerinada) vc decora o sabao.

  15. Olá!!
    Seu site é realmente espetacular.
    Tirou muitas dúvidas, principalmente sobre a parte química da qual estava tentando entender.
    Acho que devido a quantidade de ácidos graxos o óleo de palma está presente na maioria dos sabonetes artesanais que encontrei a venda. Mas há a controversa questão sobre seu plantio.
    O Sr. conhece algum vendedor que fornece o óleo oriundo de um plantio sustentável??
    Caso não..
    Que óleo poderia ser utilizado em seu lugar, que conferisse dureza necessária para a produção do sabão?

    Obrigada desde já!
    Dany

    • Danyelle,
      Obrigado!
      O óleo de palma e palmiste comercializado no Brasil é produzido pela Agropalma, uma empresa referencia.
      Veja quem é a Agropalma e leia um post sobre o palma da Malasia e Indonésia.

  16. Boa noite, Akira! Você teria alguma formula simples e barata para produção de sabão pelo método de cold process para lavar louças, roupas?

  17. Boa tarde Sr. Akira,
    Estou começando a fazer meus sabonetes, fiz algumas massas esta semana, penso que ficaram boas, porém ficou uma dúvida, preciso medir sempre o PH? caso sim, em que momento? Como meço?
    Me desculpe, mas como vi até o momento, o Sr. é uma pessoa disponível e sensível às dificuldades de outros. Agradeço a Deus por ainda existirem pessoas que sem ganho algum partilha seus conhecimentos.
    Obrigada e que Deus o abençoe!
    Janea

    • Janea,
      Obrigado!
      A medida do pH em todos os lotes é importante porque garante que não houve algum erro e o sabão poderia está caustico e inseguro para uso.
      A medida pode sr feita usando as tiras indicadoras de pH e sempre aconselho usar da marca Merck, ela confiabilidade.
      A medida é feita depois de 72 horas ou mais, pegando aproximadamente 10g de sabão e diluindo parcialmente em +-100g de água.
      O valor deveria estar entre 9 e 10.

  18. Akira,
    Outro dia assistindo a um vídeo do Peter Paiva decidi fazer o meu próprio sabonete pra ver se realmente sabonete artesanal é tudo o que dizem.

    Comprei meu primeiro material para confecção do tal sabonete (base glicerinada,etc). Confesso que foi com um certo grau de desconfiança.

    Optei por um sabonete esfoliante de mel, própolis e fubá.

    Fiquei impressionada com o resultado. Minha pele nunca ficou tão sedosa. A massa rendeu cerca de doze sabonetes. Porém apesar de acrescentar extratos naturais e um mel de qualidade, o odor característico da base glicerinada predominou.

    Presenteei algumas pessoas com o sabonete e apesar do cheiro forte adoraram o resultado.

    Isso fez com que eu procurasse novas fórmulas de sabonete até que conheci o de processo a frio. Fiquei fascinada e descobri que o verdadeiro sabonete artesanal é o que é feito com gordura + soda (óleos + alcalis) por meio de uma reação química.O que o Peter Paiva produz é apenas uma misturinha(Não querendo desmerecer visto que adorei o resultado).

    Fiquei interessada no Cold Process e através das minhas pesquisas encontrei seu site.

    Tenho interesse em fabricar meu sabonete cold. No entanto as receitas que tenho encontrado na internet usam vários tipos de óleos(todos caros).

    Gostaria de saber se eu poderia produzir sabonetes(pelo menos no início para adquirir experiência) utilizando os óleos mais acessíveis como soja,canola, milho e girasol (todos Virgens).

    Se for possível você poderia encaminhar uma receita passo a passo com no máximo um litro de óleo para que eu possa testar, sentir o ponto e ver se me apaixono de vez pela arte da saboaria?

    A propósito sua marca é regularizada pela “bendita” ANVISA?

    Desde já agradeço a sua atenção.

    • Patricia,
      Um sabão bom só é conseguido com uma mistura de óleos, muito difícil um único óleo que produza um sabão balanceado.
      O oliva 100% é muito apreciado mas tem suas limitações, mas quem sabe seja único óleo que tenha uma performance boa.

      Os sabonetes de base glicerinada é um artesanato em sabão, onde o que se faz é uma modificação física na forma, mas o conteúdo permanece o mesmo ao final do trabalho artesanal. Já na saboaria artesanal o que se faz é a síntese do sabão a partir dos componentes primários através do processo químico da saponificação.

      Deste modo é importante ter o mínimo de conhecimento sobre o processo como um todo. No blog tem as informações básicas onde se pode aprender este conhecimento básico necessário.Tb tem as fórmulas dos sabonetes cold process que vc pode usar para iniciar na saboaria artesanal

  19. Akira, obrigada pela resposta. Tenho a certeza de que encontrarei todas as informações que necessito nesse maravilhoso site. Parabéns!!!

  20. Sr. Roberto,

    Estou maravilhada com tanta informação e principalmente com desprendimento, solidariedade e humildade de sua parte. Certamente, se no mundo tivéssemos pessoas com a metade de suas qualidades o mundo seria bem mais evoluído. Parabéns!
    Gostaria de saber se o Sr. ministra cursos, pois gostaria de fazer, visto que a saponificação não é tão simples como se imagina.
    tenho algumas dúvidas que não consegui informação no site, como:
    1. Tem alguma diferença entre fazer a lixivia com água ou um concentrado de “chá” de ervas. O aroma e as propriedades das ervas serão preservadas na reação com a soda?
    2. Quais são os valores do óleo de Buriti. Quando feito de forma artesanal, tem alguma alteração na qualidade do sabonete?
    3. Além de óleo essencial, existe outra maneira de “perfumar” o sabonete?

    Desde já agradeço pela atenção,

    Márcia

    • Marcia,
      Obrigado!
      Por enquanto nao dou aulas, estou estruturando para fazer isso no segundo semestre.
      Vc pode usar infusões como os chás para fazer o sabão, diluindo a soda neste liquido da infusão.
      Eu nao acredito que se mantenha os ativos presentes no chá na reação de saponificação.
      O IS do óleo de buriti é de 0,156g de soda para 1 grama de óleo, se for nao refinado pode ter algum ácido livre que vai acelerar a formação do traço, mas não terá impacto no sabonete
      Pode ser usado essencias (sintéticas) especiais para cold process no lugar dos óleos essenciais

  21. Sr. Akira,
    Poderia me avisar quando tiver iniciando cursos? Semestre que vem está bom para mim.
    Estive pensando em qual é a vantagem de usar ervas, mel,leite, óleos caros, se no processo de saponificação a soda elimina tudo?
    O que fica é somente o sobreengorduramento e o fator condicionante dos óleos?

    mais uma vez obrigada,

    Marcia

  22. Olá Sr Akira, estou muito grata pelas informações valiosas de seu site. Estou fazendo meus próprios produtos de limpeza já faz algum tempo e o sabão era o único que eu ainda comprava até que resolvi arriscar a fazer. Eu utilizei uma fórmula pronta e depois de estudar descobri que havia excesso de soda. Estou com algumas dúvidas:
    1)Entrei em algumas calculadoras on line de saponificação e o indice do babaçu utilizando NAOH estava diferente do seu (245 e 250) esta que o sr passou foi a única com este índice 176 . ?? Porque essa diferença?
    http://calc.mendrulandia.net/
    http://www.soapguild.org/soapmakers/resources/lye-calc.php?action=calculate
    2)Estou querendo fazer um sabão com óleo de cozinha usado que tenha bons parâmetros proporcionando capacidade de limpar bem e não ressecar as mãos e que seja bem acessível em relação ao preço. É possível sem utilizar óleos de coco, ou palmiste ou palma?
    3) Aqui em Curitiba no mercado municipal encontrei uma gordura de coco e o vendedor me disse que é uma mistura de palmiste,babaçu e coco poderia ser uma alternativa? Mas os vendedores disseram que não sabem a quantidade de cada um na mistura. Posso fazer uma média de saponificação para esta mistura? E qual proporção de gordura de coco /óleo usado utilizar para um bom sabão?
    Grata!

    • Isabel,
      1) A definição correta do índice de saponificação (IS) é sempre dada pela quantidade em miligramas de hidróxido de potássio (KOH = potassa)) necessário para neutralizar (saponificar) uma grama do óleo. No caso do babaçu esse valor é de 245mg de KOH. Para saponificar com hidróxido de soda (NaOH = soda)é preciso fazer uma conversão equivalente do peso molecular e essa relação é de 1,40, isto é, dividir o IS por esse valor. No caso do babaçu seria 0,245/1,40 = 0,175mg de NaOH. As calculadoras apresentam os dois valores.

      2) Sim é possível mas o sabão sem óleo saturado tem baixa performance em dureza e limpeza.

      3) Se a mistura é composta com coco,babaçú e palmiste, que são óleos saturados com predominância de ácido laurico, todos tem IS quase iguais e para efeito pratico são considerados iguais e pode usa o IS do babaçu.

      • Gratidão!!

        Em relação ao sabão que fiz quero compartilhar uma experiência:
        A fórmula que usei foi
        1,5l óleo de soja+canola
        1l de gordura de coco
        400mg de soda
        550 mg de alcool 96% com cravos (tintura +ou-3 meses)
        300mg de extrato glicólico de aloe-vera
        3ml de óleo essencial de cravo e eucalipto glob

        Cmo ele ficou com um pó branco por cima e bem corrosivo no começo comecei a borrifar vinagre a cada 3 dias e aí formava o pozinho novamente e eu continuava borrifando. Hoje faz uns 5 dias que não borrifo o vinagre e mais ou menos 20 dias que ele está curando. Ele estava com o pozinho novamente e eu resolvi borrifar o vinagre e utilizar e tive uma surpresa. O sabão está super hidratante ! Lavei minhas mãos e ficaram sedosas e macias!! Não comprei as fitinhas de medir pH mas acredito que não deve estar mais tão alcalino.
        Abs

        • Isabel
          O seu sabão tem um excesso de soda de 15% que é significativo e uma exposição prolongada pode trazer danos à pele.

          O modo de calcular o sabão é assim:
          A – convertendo de volume para massa
          1,5 litros de óleo soja/canola = 1500 ml x 0,92 g/ml (peso especifico do óleo) = 1380g
          1 litro de óleo de coco = 1000 ml x 0,92 g/ml = 920g

          B – Calculo da soda
          1380 x 0,135 (IS do soja/canola) = 186 g de soda
          920 x 0,175 (IS do coco) = 161 g de soda
          Total soda = 347g

          Como vc usou 400g de soda tem um excesso de 15% e se considerar um SF de 5% teria um excesso de 21%

          Esse pó branco é a reação da soda com o gás carbônico da atmosfera que forma o carbonato de sódio que não é corrosivo.

          Algumas perguntas:
          1 -Se vc usou 550g de tintura e mais 300g de extrato glicólico em que momento adicionou isso à massa de sabão? O que vc observou?
          2 – Quanto de água vc usou para diluir a soda?

          • Olá eu adicionei a soda , depois a água e depois a gordura e mexi . Nesta fase começou a engrossar bem rápido . Em seguida adicionei a tintura e o extrato de aloe e ficou mais mole e com aspecto coalhado. Aí mexemos bastante e voltou a engrossar depois de alguns minutos e quando estava pesado para mexer derramamos na forma. No outro dia estava soltando um pouco de água com cheiro de cravo e nos proximos dias ja estava mais duro.

            • Isabel,
              A quantidade de água, 1 litro para 400g de soda está bem, dá uma concentração de soda de 28,6%.
              Se vc conseguiu homogeneizar a massa após a adição da tintura e do extrato, está bem.
              Então o unico problema é o excesso de soda.

              • Olá Sr Roberto fui comprar a gordura de coco novamente e desta vez as funcionárias da loja me mostraram a embalagem do produto de 20l que eles envazam e potinhos menores e para minha surpresa descobri que essa gordura de coco é composta 50% de gordura hidrogenada e 50% de babaçu+palma+palmiste. Fiquei um pouco decepcionada pois na primeira vez comprei cmo sendo só coco mesmo. Mas gostaria de saber se a formula mudaria com esta informação e se a qualidade do sabão decairia . Outra coisa é saber se em termos ecológicos e para limpeza de roupas o sabão resultante seria adequado. O sr poderia me auxiliar com estas duvidas? Grande abraço

                • Isabel
                  A gordura hidrogenada é o óleo de soja hidrogenado. Como a mistura dos 50% de babaçú/palma/palmiste não está definida, vamos supor que seja 20/15/15 e essa proporção não é relevante para o cálculo da soda.
                  Essa mistura de óleo tem um índice de saponificação de 0,150 g de soda para cada grama da mistura de óleos.

                  Esta mistura sozinha ou de preferência, misturado com um óleo insaturado (oliva, girassol, canola, etc) dá um sabão bom, equilibrado, perfeito para limpeza e tb adequado para o corpo. Poderia usar uma mistura de 30% de óleo insaturado e 70 dessa mistura.

                  • O valor de 0,150 é para mistura dos óleos com o óleo de soja? Como posso chegar a este valor calculando manualmente? Uma outra duvida é que no soap calc e na medrulandia mostra os índices para a qualidade do sabâo . Isto é relevante? Qual seria um padrão para um bom sabão para uso de limpeza doméstica e lavar roupas? abs

                    • Isabel,
                      O valor de 0,150 g de soda é para essa mistura que vc comprou e o cálculo pode ser feito manualmente ou através do uso de uma calculadora online.
                      Manualmente se faz assim:
                      50% soja hidrogenada x 0,136g de soda/g de óleo = 6,8g soda
                      20% babaçú x 0,175g de soda/g de óleo = 3,5g soda
                      15% palma x 0,142g de soda/g de óleo = 2,1g soda
                      15% palmiste x 0,176g de soda/g de óleo = 2,64g soda
                      Total = 15,04 g de soda para 100g da mistura de óleo —-> 0,150g de soda para 1 grama da mistura de óleos, que é o IS dessa mistura.

                      Sim é relevante e a melhor é do Soapcalc, a régua que mede a performance do sabão. Para limpeza precisa ter um índice de limpeza alto e isso é conseguido com o coco/babaçu/palmiste que tem alto teores de ácido laurico.

  23. Olá sr Akira,
    estava lendo a parte de conservantes e o sr se refere ao óleo de resina de alegrim.
    O sr disse que é um destilado da folha de alegrim mas não é o óleo essencial. seria então o hidrolato?? se não , como se obtem essa resina? obrigada pela atenção

    • Debora,
      O óleo resina de alecrim, que é um antioxidante, não é óleo essencial e nem hidrolato, é a resina do alecrim obtida por extração com o uso de acetona e destilação

  24. Olá Akira, tudo bem? Muito incentivador o seu site pra quem quer começar a produzir sabonetes. Estou ainda estudando as possibilidades pra iniciar, por enquanto faço com base vegetal pronta da Régia. A pergunta que eu gostaria de fazer é se Vc conhece a casa do saboeiro. Me parece que eles têm todo o aparato para se fazer o cold process, mas o que me chamou a atenção foram os preços dos oleos essenciais muito abaixo do mercado, vc conhece? Obrigada e abs,

    • Silvia,
      Nunca comprei com eles da casa do saboeiro.
      Cuidado com preços de óleos essenciais muito abaixo do preço de mercado.
      Recomendo a Ferquima ou a Destilaria Baurú.

  25. Obrigada Akira, pelo retorno. E dicas. Já comprei oleo essencial de alecrim e lavanda no Mundo dos Oleos e gostei. Não vi diferença com os da laszlo, Mas não sei se isso avalia. São mais baratos em embalagem de 50ml e vem com laudo, mas não tem muitos tipos. Sigo te acompanhando. Abs

  26. Oi! Parabéns pelo site. Eu queria saber se alguém já fez o teste com o óleo de licuri. E também, se sabem por qual substituir na Calculadora de Mendrulandia, já que não apareçe esse ingrediente. Comprei 5 litros pois o preó é muito menor que o óleo de coco “normal”, e estou aguardando essa informação para fazer o shampoo sólido. Obrigada. Deixo o link da calculadora aqui:

    http://calc.mendrulandia.es/?lg=br

    • Sara,
      Coisa mais difícil é encontrar o IS do licuri.
      Quem vende e tem até um site exclusivo, não especifica o IS.
      Eu achei em trabalhos científicos e o valor é de 208 mg KOH/g de licuri e para a soda, 149 mg NaOH/g de licuri

  27. Olá Roberto. Fiz um sabão para uso doméstico louças, multi-uso, roupas. Na primeira receita utilizei 50% óleo reutilizado e 50% gordura de coco (mistura de palmiste e babaçu). Na segunda com 70% óleo usado e 30% (gordura de coco) . Após virar um creme no mixer eu adicionei 150g de babosa, 100ml de tintura de cravo e óleo essencial de cravo e eucalipto 30 gotas. Depois de 10 dias fiz um teste : O de 70% óleo usado ficou mais mole e durou menos tempo mas lavei roupa e louças e ficaram excelentes ! Limparam muito bem e deixaram um cheirinho suave muito bom e as mãos bem macias.
    A gordura de coco foi uma novela pois la na loja que comprei disseram que era misturada a gordura hidrogenada e o dono disse que não. Então entrei em contato com o fornecedor e ele disse ser uma mistura de palmiste com babaçu não podendo especificar quanto de cada, que o produto era isento de gordura vegetal ( http://www.trianguloalimentos.com.br/gorduras-vegetais.html). Então calculei pela Calculadora Magestic Montain como se fosse 25% babaçu, 25% palmiste e o restante soja. ok assim??Abs

  28. Senhor Akira,

    O senhor mencionou no seu texto que nos sabonetes feitos por cold process usando óleos convencionais com uma formulação balanceada de óleos, não é necessário o uso de anti-oxidantes e nem de conservantes. Esta afirmação também é verdadeira no caso dos sabonetes feito pelo hot process? muitíssimo obrigada!

    Antonieta.

  29. Akira, boa tarde.
    Desculpe pela minha insistencia e agradeço a boa vontade de querer expandir os seus conhecimentos com os outros, porem o que eu gostaria de saber é:tendo 30% na composição dos 100% dos oleo, e numa uinidade de 130 gramas, qual é a conta para se chegar no numero de gramas pára cada tipo de oleo, se o Sr. puder me explicar ficarei eternamente grato.
    Obrigado
    Alexis

    • Alexis,
      A resposta para isso que vc está perguntando está no blog, veja lá e estude, qq duvida me fale

  30. Vc tem uma receita para sabão em pó biodegradável ou orgânico?
    O percarbonato é prejudicial ao meio ambiente?
    Obrigada
    Leo

    • João,
      Óleo essencial é o óleo natural das plantas, a essência são os obtidos pela mistura de elementos sintético e o extrato são os ativos extraído de ervas e plantas com o uso de óleos (maceração) ou solventes

      • Ok. Obrigado. É possível arranjar sementes de cacau e ter a planta em Portugal para que possa utilizar as sementes em pó para usar no sabão como corante e pelas suas propriedades.

  31. Ola Sr Akira
    Ainda não consegui encontrar o IS do Oleo de DENDE ..
    Se puder me passar ficarei muito agradecido .

  32. Roberto, pode parecer parvo mas gostava de produzir oleo de coco, cacau e café mas não sei se é possível de produzir e onde posso adquirir aí no Brasil ou em Portugal.

  33. É possivel fazer shampoo através do processo “Ervas secas e óleo vegetal ou azeite aquecido, deixar ferver e está pronto” e sabão.
    Que tipo de sabão fazer?
    Peço desculpa por não ter colocado tudo junto, e por fazer imensas perguntas.

  34. Exemplo de shampoo:
    25gr de folhas frescas de alecrim´
    10gr de raiz fresca, bem lavada, de urtiga
    5 gotas de oleo essncial de árvore do chá
    20gr de sabão liquido (qual os oleos a usar para o fazer)
    100 ml de alcool metilico (se der para usar um mais artesanal diga)
    350 ml de agua

    Como fazer:

    Misturar as ervas, o óleo, o sabão e o alcool num boiao de 500 ml, juntar agua e agitar bem.
    Deixar que a infusão se faça durante duas semanas, agitando a intervalos regulares. Coar para um frasco limpo.

    Aplicação:

    Usar como shampoo 2 ou 3 vezes por semana até a caspa desaparecer.

    Concorda com o que escrevi?

    • João,
      Não saberia dizer o mérito dessa formulação, não tenho conhecimentos para julgar.
      Só é estranhíssimo o uso de álcool metilico, o metanol é muito perigoso!

  35. Sr. Roberto,
    Que alegria foi descobri-lo rs, estou encantada com o cold proces, estou comprando todo o material necessário e vou começar a cometer os meus erros saponíferos ( isso existe?),me aguarde com perguntas…embora lendo todas as respondidas já me considero uma expert.Parabéns, felicidades.

  36. Boas Roberto,
    Gostaria de saber como posso fazer para que o sabão de oleo de fritar usado fica-se um pouco mais mole. Se usar a resina de alecrim é um bom conservante natural.

    • João,
      O que normalmente acontece qdo se tem as quantidades de soda correta, é que o sabão de óleo usado fica mole.
      Difícil e faze-lo ficar com dureza. Se vc quer ao contrário, comece usa-lo com menos tempo de secagem

      • Então o problema está na secagem. Só por curiosidade o oleo de abacate extrai-se da mesma maneira que o de coco.

  37. Olá Sr. Akira
    Assim como muitos sou um notório admirador da sua generosidade em compartilhar
    suas descobertas e conhecimentos.
    Gostaria de saber como procedo para ter acesso as áreas restritas de formulações e comentários, onde é pedido senha para entrar.
    Estudo com muito afinco para que minha pequena empresa (no momento) progrida. Tudo o que o senhor nos coloca a disposição é de grande valor e com estima, consideramos que invariavelmente o senhor faz parte da nossa história.
    Grato.

    Atenciosamente
    Juliano Corrêa

  38. Sr. Akira.

    Atualmente eu atuo no mercado químico como comprador de materias-primas e gostaria da sua ajuda se poderia me inficar alguns potenciais produtores de Óleo de palma e Estearina de palma !
    Espero que possa me ajudar seria muito grato a você!

    Alex Ribeiro

  39. Ola Sr. Akira,

    Primeiramente venho agradecer pela grande quantidade e qualidade de informacao referente a saboaria artesanal. Estou iniciando os estudos agora e o seu site esta sendo muito proveitoso.
    Eu queria saber qual as dimensoes de um molde que fosse ideal para iniciantes e que usasse pouca materia prima, como o que o senhor descreveu quando comecou na saboaria. E nesse molde, como eu faria para calcular a quantidade de materia-prima de acordo com o seu volume para nao ter disperdicios?

    Desde ja agradeco e parabens mais uma vez pelo site!

    Eric Gomes

    • Eric.
      Depende do tamanho que vc quer para as suas barrinhas de sabão.
      Minha barras tem tamanho de 9x6x2,5 cm. Para calcular o tamanho do molde basta obter calcular o volume de cada barrinha e multiplicar pela quantidade de barras que vc quer em cada lote: 9x6x2,5 cm = 135 cm3 x 6 barrinhas (quantidade do molde que vc referenciou) = 810 cm3. Com esse valor do volume interno do molde, deixe uma folga na altura, digamos, deixe com 8 cm para a massa não ficar justa na altura.

        • Ai ai nao entendi Sr. Akira
          E juro que essa duvida ta me deixando maluca, por que rabisco aqui meus papeis, faço calculos e nunca cheggo a luugar nenhum. Nunca sei como vou
          fazer meu molde. Entao ainda nao os fiz. ;(

          • Nivia,
            O projeto dos moldes, vc pode baixar do blog, na pasta de downloads e depois é só alterar as medidas para a quantidade que vai fazer de sabão

            • Obrigada. Sr Akira eu estou respirando sabão, sonhando com sabão, passo o dia estudando sobre isso… Estudando tudo q posso! Qto mais eu leio mais apaixonada eu fico! To sentindo esse amor a flor da pele! Tem dia q eu acordo com saudades do seu site acredita kkkkk… Viciei <3

  40. Bom dia Sr. Roberto Akira,

    Venho aqui lhe pedir uma ajuda. Fiz meus primeiros saboes CP mes passado e agora ja estao prontos para uso. Porem todas as receitas (fiz um total de 7) apresentaram o mesmo problema: ficaram muito oleosos. Quando você lava as mãos é ótimo, espuma legal, limpa… Mas quando enxágua custa a sair. Fica um aspecto oleoso nas mãos, como se o sabao nao quisesse sair de jeito nenhum. Pensei que fosse excesso de oleo ou falta de soda… mas trabalhei com ambos os metodos de SG e desconto de soda (nunca os dois juntos na mesma receita obviamente). A soda que trabalho tem 97% de pureza.
    Segue um exemplo de uma receita que fiz:
    Palma, babaçu, oliva e mamona nas proporções 30/25/35/10.
    Soda: 146g (para 1kg de base) e 341g de agua destilada.
    SG: Oleo de amendoas 5% em relacao aos oleos da base.

    Voce saberia me falar o que poderia estar acontecendo com minhas receitas? Ja perguntei a algumas pessoas que trabalham com sabao mas nenhuma soube me dizer certamente. Estou bem chateado, pois todas elas estao com o mesmo problema.

    De qualquer forma ja agradeco Roberto!

    • Eric,
      Está tudo correto na sua formulação.
      Não sei o que possa estar ocorrendo.
      Onde vc comprou cada matéria prima?

      • Comprei na destilaria bauru e engenharia das essencias. Cheguei ate a comprar uma nova balanca achando que a minha nao estava ideal. Mas estou realmente achando que e a soda. Vou fazer novos testes e entro em contato!

        Obrigado Roberto!!

  41. Olá Akira!
    Parabéns pelo blog e pela cordialidade em responder com atenção e gentileza todas as dúvidas dos leitores!
    Adoro aromaterapia e estou começando a fazer meus primeiros batches de cold process. Que delíca poder usar um produto natural, sem parabenos, conservantes, corantes e, melhor, feito por você!
    Vi algumas receitas mencionando o óleo de girassol, soja e gostaria de saber se é o mesmo comprado no supermercado para cozinha ou se necessita ser prensado a frio.
    Também gostaria de saber que tipo de extrato de planta posso usar para enriquecer o sabonete e qual o fornecedor para eu comprar. Não sei se posso usar o extrato glicólico.
    Fiz um batch usando creme de leite no lugar da água e ficaram com alguns pontinhos brancos. O que seria e como evita-los?
    Obrigada e parabéns novamente pelo lindo trabalho!
    Abs

    • Giselle,
      Pode usar o girassol e soja de supermercado, que são refinados. Acho que nem existe o de prensagem a frio pois são óleos frágeis, oxidam rapidamente.
      Vc não pode usar os extratos normais, os glicólicos e se for usar no cold process um extrato de maceração em óleos, não existe nenhuma garantia que os ativos das plantas serão preservados depois da saponificação.
      Pode ser falta de agitação, o mixer homogeniza isso.

      • Eu usei o mixer, mas acabei me esquecendo e usando os oleos e o lye frios, abaixo da temperatura recomendada. Deve ter sido isso então…Quando fiz o ph estava 9. Espero que continue bom para o uso após a secagem.
        Caso o lye esfrie muito, posso esquentá-lo no fogão?
        Como o aroma dos óleos essenciais cítricos não duram muito no sabão e eu adoro o cheiro de laranja, por exemplo, o que vc usa para fixá-los? Vi os destilados 5x, mas são tão caros!
        Gratidão novamente e por responder tão prontamente as minhas questões!
        Abs

  42. Sr Akira,
    Eu ja li e re-li seu precioso site incontaveis vezes. Amo de paixao.
    Mas tem coisa que eu simplesmente nao entendo. Por exemplo nest post sobre
    o MMS, fiz algumas simulaçoes e qd se tem o resultado, a quantidade de agua é em MILILITROS. Quase fiquei maluca, pq onde se ve formulas e quantidade de agua
    sao em GRAMAS. Tentei entender pesquisando mas nao consegui. Vi q o senhor escrevou logo abaixo q para cada 100g de oleo se usa 32 gramas de agua. Entao a agua nao tem nada a ver com os tipos de oleos q entram no calculo? Esse valor de 32 gramas pode ser um valor FIXO? Sr Akira, prometo q chego la por que estou realmente empenhada e ja comprehendo muita coisa que leio e ja nao é coisa de outro mundo, mas essa parte me deixa paralizada.
    Abraço cordial e carinhoso
    Nivia
    p.s outra coisa q nao consigo compreender é como calculo o VOLUME de uma formula para dado tamanho de moldes (10 , 15 ou mais barras -mandei fazer esse tamanho de moldes mas ainda nao chegou), sendo esse com as dimensões do seu MOLDE. Nossa tanta duvida, mas agradeço antecipadamente (ja vi o calculo do colega ali a cima mas nao entenndi nada).

    • Nivia,
      Sugiro que vc tente usar a calculadora Soapcalc, é a melhor calculadora, quase todas as demais foram feitas baseadas nessa.
      Use na quantidade de água, a modalidade de concentração de soda que no inicio vc pode usar 28 ou 30% de concentração de soda. Essa calculadora, a medida que vc escolhe os óleos que vai usar, ela te dá a performance do sabão, isso é muito util para saber como vai se comportar o seu sabão.
      O volume do molde = largura x altura x (espessura do sabão x quantidade de barras), normalmente a espessura padrão de uma barra é de 2,5 cm. Pode considerar o peso especifico do sabão igual a 1g/cm3 e portanto, o volume = peso.

  43. Bom dia Akira! Quando o sabão apresenta rachaduras ao ser usado, o que poderia ser o problema? Vi esse problema em um sabão industrial e fiquei curioso para saber o motivo.
    Att.

    • Lidemar,
      Entre outros fatores, no sabão industrializado é retirado a glicemia, que torna o sabão muito rígido e o processo de tratamento da barra causa estresse e pode ocasionar as rachaduras. No sabão artesanal isso raramente acontece

  44. Oi Akira, boa noite. Akira na tabela de indice de saponificação, os valores para KOH são p 85% ou 90% de pureza? Ou sao p outra pureza? Muito obrigada, Rosana

    • Rosana,
      O índice de saponificação não tem nada a haver com a pureza do KOH, ele sempre é determinado considerando a pureza de 99 a 100%.
      Para usar pureza menor, calcular a quantidade necessária

  45. Boa tarde, estou interessada em produzir sabonetes artesanais, gostaria de saber se existe um sabonete para substituir o shampoo, no caso de cabelo e pele extremamente oleosos.

    • Giovana,
      Normalmente o shampoo feito de sabão saponificado não se adequa em todos os tipos de cabelos.
      Teria que testar o tipo de sabão mais adequado, se a pele e o couro capilar é muito oleoso, um sabão tem mais probabilidade de ser adequado

  46. Olá Roberto Akira.
    Parabéns pelo belíssimo site e por compartilhar seu conhecimento conosco.
    Gostaria muito de tirar uma dúvida com o Sr., pois os óleos essenciais são bem caros. Mas suas fórmulas, os OE são medidos em gramas, porem eles são vendidos em ml. O Sr. tem alguma medida de conversão, que sirva para os OE de ml para g? Quero poder calcular quanto sairia para fazer um sabonete, visto que os OE são bem caros.
    Muito obrigado.

    • Toni,
      O peso específico da maioria dos óleos essenciais é de 0,92 g/cm3.
      Para converter de volume para massa é só dividir o preço por volume por 0,92. É prática comercial vender em volume, apesar de que é incorreta pois o comercio no nível atacado, é feita por massa.

  47. Boa noite, roberto!

    Fiz uma formula, poderia me ajudar revisando-a?

    Veja se esta correta e se funcionará:

    um sabonete com total de óleos 100g:
    70% azeite de oliva extra virgem= 70g
    30% manteiga de karite = 30g

    Calculei o IS de Oliva: 70 g x 135= 9.450
    Karité: 30g x 129 = 3.870
    TOTAL: 13.320 dividido por 1.000: 13,32 gr de NAOH para saponificar os óleos.

    Isso está correto.

    Agora, uma dúvida: como eu sei a quantidade de água para diluir a Soda?

    Mais uma duvida é: como eu calculo a quantidade de soda utilizada quando ela for líquida?

    Peço e agradeço pelo auxílio e generosidade.
    Aguardo resposta.
    Grata.

    • Sah,
      Os cálculos estão corretos, mas essa formulação vai te dar um sabão não equilibrado, faltam óleos da para dureza e limpeza.
      Para usar soda liquida é só fazer uma regra de três, simples.

  48. Gratidão pelos esclarecimentos, amigo!

    Estou brincando e praticando um pouco na calculadora.

    Fiz uma formula com

    öleo de girassol( 30%
    Azeite: 10%
    Manteiga de Karité: 20%
    Oleo de babaçu: 40%

    Os niveis ficaram assim:
    – Dureza: 48
    – Limpeza: 28 (um pouco acima do ideal)
    – Condicionamento: 49
    – Espuma/Bolhas: 28
    -Cremiosidade: 20
    Iodo : 66 ( não entendi o que significaria esse iodo)
    INS: 145

    Com a sua experiência, este seria um sabonete de boa qualidade?
    E quanto a limpeza esta um pouco só cima, teria algum problema?

    Gratidão.

  49. Prezado Akira

    Estou tendo problemas com a oxidação dos óleos que permanecem como sobreengorduramento (5%), eles tem deixado os meus sabões de óleo de oliva/palma/palmiste muito mal cheirosos, como faço para melhorar esta característica? Posso colocar vitamina E ou outro composto químico antioxidante? Qual seria a quantidade?

  50. Boa noite , meu amigo.

    Estava trabalhando e estudando, revendo a fórmula acima. Só tenho uma dúvida e que não consegui encontrar.

    Para 500 g de óleos, o meu cálculo deu que devo usar 75,25 g de NAOH. Isso está Ok.

    A minha dúvida é: Qual a quantidade que deve utilizar de água para essa quantidade de Soda.

    Eu não sei qual é a proporção de grama de água utilizada pra 1 grama de NAOH.

    Aguardo. Grata.

    • Sah,
      Para 500g de óleo a quantidade de soda = 500 x 0,135 = 67,5g. A quantidade de água está em função da concentração de soda a ser usada. Para óleo usado pode trabalhar com 36% de concentração de soda.

  51. Boa tarde, professor querido! Vocë me deixou confusa com sua resposta acima.
    Na minha conta (500g de õleo, incluindo de girassol, oliva, baba~cu e manteiga de Karite) deu que eu deveria usar 75,25 g de Soda. Pois fiz como vc ensinou multiplicando a quantidade de cada um pelo IS. Pq que o senhor disse que eu teria que usar ent”ao 67,5 g de soda? Esse IS 0,135 é de qual óleo? Não,nao usarei óleo reutilizado.

    Qual dos resultados eu deveria usar então? E quanto de água para fazer a lixivia?
    Me confundo ainda quando você diz em relação a concentração de soda. Me de uma ajuda, mais uma evz amigo?

    Grata.

  52. Roberto,

    Ao testar algumas fragrâncias para os sabonetes no hot process, notei que ao adicioná-las a massa acaba amolecendo, fazendo o sabonete ficar menos resistente. Além disso, percebo que com o tempo a fragrância perde poder e o cheiro dos oleos se sobressai. Pensei em aumentar a quantidade de óleo de palma para conseguir mais durabilidade, mas minha pergunta é: o sr. conhece alguma alternativa para neutralizar o odor dos óleos, utilizando assim menos óleos essenciais/essências?

      • Boa noite, Roberto.
        Estou trabalhando com 5% de sobregordura.
        Então é possível afirmar que é aceitável na saboaria artesanal o sabonete perder totalmente o cheiro da essência/óleo essencial com o uso? Estava nessas últimas semanas pesquisando alternativas para atingir maior grau de fixação, sem sucesso 🙁

  53. Prezado Roberto, bom dia.

    Estou começando a fazer os meus sabonetes. No momento, eu estou morando nos EUA, mas devo voltar logo ao Brasil. Minha ideia é montar um pequeno studio no Brasil. No entanto, ainda não sei se devo levar todos os equipamentos de trabalho daqui. Como alguns sites de lojas brasileiras não divulgam os preços, estou achando difícil fazer a comparação. Você saberia me dizer o que devo levar para o Brasil? Muito obrigada e parabéns pelo site! Um abraço

  54. Boa Noite Akira! Gostaria de saber qual o índice de saponificação da manteiga de bacuri, pois na tabela não tem! Grata!

  55. Bom dia , li o seu artigo e achei bastante didatico , gostaria de saber se voce pode me ajudar , eu transporte o oleo de dende bruto do para pra sp e em dias frios eu não consigo descarregar porque a estearina fica muito dura , me disseram que antigamente existia uma forma de deixar esta fração liquida pois o brasil levava a estearina animal assim para os USA , ja tentei alcool , mas precisaria de algo que ficasse mais estavel , teria alguma sugestão ? fazer uma esterificação parcial ? uma saponificação ? eu preciso deixar ele liquido e totalmente misturado , com querosene fica perfeito porem não posso misturar o oleo vegetal com o solvente , desde ja grato

    • Sonia,
      Me desculpe mas meu conhecimento está aquém desta sua necessidade.
      Não tenho conhecimento de como estabilizar/aumentar a temperatura de solidificação/fusão do óleo de palma/estearina de palma

  56. Sr . Akira,
    Muito obrigado por seu site, com tantos bons conselhos e dicas.
    Gostava de lhe consultar o seguinte: Em Espanha e Portugal, o óleo de Oliva (Azeite) é dos mais baratos e é muito difícil conseguir de Mamona ou Côco e outros. Em cidades pequenas até impossível. Por isso, vou tentar com a fórmula do senhor (a de oliva e cera de abelha), mas gostava de acrescentar óleo de Argán (de Marrocos). Só tenho experiência em fazer sabão com Azeite de Oliva. Pode sugerir uma percentagem para incluir também o de Argan? Muito obrigado.

    • Alda,
      Obrigado!
      Não desperdice … é um pecado usar Argan num sabão, principalmente em um sabão 100% oliva.

  57. Sr. Akira e então, o que faço com o Argan “pecaminoso”?!
    Por outro lado, também gostava de utilizar folhas de Aloe Vera que tenho plantadas. Como aconselha que devo usar ?:
    – Descontando o peso do Aloe da água ?;
    – Acrescentando o gel ao misturar no óleo o álcali diluido na água?;
    – Acrescentando o Aloe ao alcançar o traço?
    Novamente obrigado.

  58. Sr. Akira e então, o que faço com o Argan “pecaminoso”?!
    Por outro lado, também gostava de utilizar folhas de Aloe Vera que tenho plantadas. Como aconselha que devo usar ?:
    – Descontando o peso do Aloe da água ?;
    – Acrescentando o gel ao misturar no óleo o álcali diluido na água?;
    – Acrescentando o Aloe ao alcançar o traço?
    Novamente agraçe seus conselhos

  59. Prezado Akira,
    Utilizei a calculadora para fazer sabões de barbatimão e ficaram ótimos; muito grata. Estou querendo fazer alguns com a base glicerinada vegetal pronta, gostaria de saber se a calculadora serve para a base pronta, porquê quando coloco na tabela, aparece uma certa quantidade de soda, então fiquei confusa se tenho que acrescentar a soda e água mesmo com a base pronta. Abraço.

  60. Sr. Akira,

    Como explicado existe os óleos bases, modificadores e os com propriedades artesanais.
    Na formulação de um produto, respeitando suas propriedades, colocamos todos juntos e calculamos os hidróxidos?
    Ou podemos fazer o sabão base e conforme o uso incorporamos os outros óleos, como exemplo sabonete líquido ou shampoo?
    Para elaborar um sabonete líquido ou shampoo, podemos pegar a massa base de um sabão específico (curado), acrescentar água para diluição, os óleos vegetais e extratos?

  61. gracias por as informaçoes, minha pergunta é: voce sabe qual é o PS do ghee (manteiga clarificada). acho que daria um bom sabão!

  62. Boa tarde Akira! Recentemente descobri o seu site com ótimas informações sobre sabões. Estou começando a fazer os primeiros testes, pois, nunca fiz na minha vida. Fiz alguns e não deu certo, outros e deu… e assim por diante. Tenho uma dúvida e por favor, se possível ajude-me: Como calcular a quantidade de água numa determinada receita? Exemplo: 2 litros de óleo… na tabela achamos a quantidade de soda, porém, como saberei sobre a quantidade de água? Não sei se fui claro. Muito obrigado por essa ajuda. Abraço amigo.

  63. Olá Akira.
    Parabéns pela iniciativa de divulgação do conhecimento. Adorei o seu blog.
    Moro no interior de SC e não encontro os óleos com facilidade. Então tenho que recorrer à internet. Você saberia me dizer se o site ” casa do saboeiro” é bom? Os seus produtos são de qualidade e são confiáveis? Na maioria dos sites que vendem produtos para fabricação de sabonetes artesanais a variedade de óleos vegetais é pequena.

  64. Olá Roberto. Parabéns pelo seu site e muitíssimo obrigada pela iniciativa. Eu já faço meus próprios hidratantes e desodorantes, agora quero me aventurar pelo mundo da saboaria. Como viajo muito para o norte, sempre trago óleos de lá. Você sabe onde encontro o IS dos óleos de pequi, buriti e copaíba?

  65. Olá Roberto, tenho acompanhado o seu blog e admirado seu trabalho, tenho um sonho de começar uma saboaria artesanal, mas não sei por onde começar, não sei como e onde comprar as matérias-primas, os óleos os pigmentos também que tenho achado dificuldade para encontrar, o senhor teria alguma dica para eu estar iniciando essa jornada ?

    Desde já agradeço.

  66. Olá Akira, muito obrigada pelo seu maravilhoso site e compartilhamento de saber.
    Estou com uma dúvida em relação aos óleos essenciais. Fiz uma leva de sabonetes e coloquei óleo essencial de erva cidreira, mas agora uma semana depois e ainda em processo de cura, o cheiro desapareceu quase por completo. Você tem algum link ou sugestão para me ajudar?
    Muito Obrigada!
    Tatiana

    • Tatiana,
      Depende o fornecedor de óleo essencial e muito importante, depende da quantidade que vc usou.
      Precisa usar de 4 a 6% sobre óleos.

  67. Boa tarde Roberto, tudo bem?
    Estou adorando o seu trabalho e pretendo começar em breve a arte do Cold process (por enquanto só arrisquei no design com base glicerinada pronta). Porém ainda fica uma dúvida. Não posso usar nem mesmo as essências específicas para cosméticos no cold? Como por exemplo as do Peter Paiva? É que com as essências dá pra diversificar o produto… E corantes para cosmético? Também desanda o cold process?
    Aproveito também para deixar aqui o link do projeto de lei que está com votação aberta para incluir a saboaria artesanal na lei do artesão.
    https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=126859
    a divulgação é muito importante para que todos nós que amamos a saboaria e pode ajudar para diminuir a burocracia e rigidez das leis relacionadas a saboaria artesanal para que fique mais fácil regularizar o negócio.

    • Stephanie,
      Para usar essências no cold process tem que ser as específicas, feita para usar em cold.
      Essas do Peter Paiva não vão funcionar pois são essencias normais.

  68. passando para agradecer todas as informações aqui presentes!
    e gostaria também de concluir algumas dúvidas…
    usar oleos essenciais como conservantes para cosmeticos naturais não é indicado? se for, qual a proporção e quais o.e. se deve usar!?
    atualmente faço uso do propolis como conservante, é excelente! mas gostaria de abandonar qualquer uso animal em meus produtos…
    grata desde já, e parabéns!

  69. Roberto, como vai?

    Como elemento esfoliante para ser usado em sabonetes naturais, o que você recomenda?

    Obrigado e parabéns pelo site e produtos.

    • Vitor,
      Tem vários materiais, tem que testar o grau de abrasão que deseja.
      Normalmente são grãos ou sementes que vc tritura no tamanho adequado

  70. Muito bom o seu site, obrigada´por compartilhar seus conhecimentos, gostari de saber qual o momento certo, e temperatura para acrescentar as essências na massa de sabonetes, e qual a essencia recomendada, , essênciais ou sintéticaa?obrigada.oe

    • Salete,
      No cold process não dá para usar essencias comum, tem que ser óleos essenciais ou essencias especiais para cold process.
      Adiciona, normalmente no traço.

  71. ola roberto
    estou tentando produzir sabao com potassa so que todos que faço esta separando formando duas fases
    eu uso essas proporçoes
    1,000 grms de oleo de soja
    190 grms de potassa
    100 ml de alcool de posto
    100 ml de agua
    so que ele nao fica bom sempre da duas fases
    faço ele da sequinte maneira:
    coloco o oleo e dissolvo a potassa na agua e adiciono no oleo e depois o alcool ,se poder me ajudar ficarei muito agradecico

    • Jorge,
      Não entendi, vc está usando hidróxido de potássio para fazer que tipo de sabão?
      A potassa vc usa para fazer sabão líquido. Para que vc está usando álcool?
      Estude um tutorial que tem sobre sabão líquido.

  72. Boa noite professor Akira. Fiz um sabonete com 400g de oleo de Andiroba e 530g de Palmiste. Com 6% de sobra. Achei estranho que, ao adicionar a lixívia, o trace se deu instantaneamente. Ficou grossa a massa no exato momento que houve a mistura e não necessitou o mixer. Por que isso terá acontecido? Será que fiz algo errado?
    Um abraço.

    • Clomar,
      Falta mais dados para poder analisar o que aconteceu.
      Qual foi a concentração de soda que vc usou?
      Qual a temperatura dos óleos e da soda?
      Qual a acidez desse óleo de andiroba?
      Essa relação de óleos é meio inusitada – andiroba/palmiste 43/57, qual a finalidade que vc pretende neste sabão?

      • Boa noite professor.

        Quanto a mistura de óleos:

        Estava tentando reproduzir um sabonete que havia comprado há algum tempo e que me fez bem, para o cabelo.

        Como meu problema de alergia é bem severo, optei por fazer um sabonete mínimo, ou seja, somente com estes dois óleos, sem óleo essencial. Deveria levar também óleo de palma, mas está difícil encontrar este óleo orgânico fracionado.

        Portanto, fui para esta mistura: 43 % andiroba e 57% de palmiste.

        Creio que a concentração de andiroba deva ser ainda menor do que estes 43%.

        Quanto a acidez do óleo de andiroba – neste caso um óleo comprado da Amazônia . Creio que o problema resida aí. Pois fiz a mesma fórmula com o óleo de andiroba orgânico da Engetec e não ocorreu o problema.

        Usei o óleo de oliva para calcular o IS da andiroba e deixei uma sobra de 7%.

        28% concentração.

        Temperatura dos óleos na mistura 42 e da lixivia 38.

        Enfim, estou achando que este óleo de andiroba está muito ácido.
        Será que pode ser isso?

        Como eu poderia medir? Com uma fita de PH talvez?

  73. Boa tarde professor Akira,
    Eu comprei alguns óleos para adicionar ao sabão, mas o fornecedor não tinha o IS deles, será que poderia me ajudar me informando o IS deles e se possível qual porcentagem deveria usar, de cada um, numa formulação?
    Os óleos são: copaíba, andiroba, menta piperita, lavanda, e açaí.
    Desde já agradeço, e desejo um Feliz Natal!

    • Cynthia,
      Copaíba = 0,070 g de NaOH/g de óleo
      Andiroba = 0,134
      Açaí = 0,136
      Menta piperita e lavanda são óleo essenciais e não saponificam.

  74. Boa noite prof. Akira,
    Muito obrigada pela ajuda, só queria acrescentar que os óleos de lavanda e de menta não são essenciais, devem ser algum composto de óleos, pq o de menta quase não tem cheiro, e o de lavanda um cheiro bem suave. Eu creio que possa ser produto da maceração das ervas em algum óleo. Daí vem a minha dúvida, qual seria o óleo mais comum pra esse procedimento? Pq assim poderia usar o IS do óleo base. Desculpe incomodar com essas dúvidas nessa época, mas não consegui as informações no laboratório que eu comprei, e agora estão em férias coletivas. Muito agradecida,
    Cynthia.

    • Cynthia,
      Fuja destes fornecedores que estão aí para enganar os consumidores.
      O bom comercio é aquele que descrimina os seus produtos de forma correta e honesta.
      Se é um extrato oleoso, com toda certeza usam óleos extrativos de menor custo, soja ou na melhor das hipótese, girassol.
      Não importa o tipo de óleo pois sendo um óleo insaturado o IS sempre vai estar nos 0,135g de NaOH/g de óleo.

  75. Professor!
    Faz algum tempo que tenho admiração por esse mundo saboeiro e me arrisquei poucas vezes no preparo, tenho lido muito nesse tempo todo e, como o senhor já deve bem saber, não tem como dar um pequeno google e não achar seu nome como referência, muito obrigada pela simplicidade e disposição no ensinamento. Obrigada pela doação do seu conhecimento, você deve ser uma pessoa muito linda de se ter por perto.
    Não disponibilizei ainda nenhum investimento em cursos, físicos ou online, por enquanto não há condições, então engulo, e pondero, todas as informações que consigo. Mas uma coisa que não vejo muita gente comentando, e que me deixa em dúvida sempre, são as quantidades ideais, em percentual, dos óleos na produção do sabão. Quanto de cada é possível usar numa receita? Sei que isso depende do que se espera do sabão, mas, em linhas gerais, há uma variação de mínimo e máximo, não? Sei que o de oliva pode ser usado até 100%, pra fazer o de castella, mas não sei se o ideal pra o de ricino, por exemplo [esdrúxulo, lógico], é estar entre 2% ou 50% numa receita. O senhor tem essa tabela em algum lugar pra me dar uma luz?
    Gratidão novamente pelo desprendimento.
    Um beijo!

    • Gaby,
      Para compor a mistura de óleos, precisa estudar as propriedades de cada óleo que em linhas gerais é dado pela composição de ácidos graxos do óleo.
      Essa composição de ácidos graxos é o que vai conferir as propriedades do sabão, que são 5 – dureza, limpeza, espuma, condicionamento e densidade da espuma.
      Depois, use uma calculadora online para determinar o melhor balanço de propriedades

  76. Olá Roberto estou conhecendo hoje seu blog, estou encantado com seu trabalho, e muito agradecido por compartilhar seus conhecimentos.

    Um amigo tem me falado muito do óleo da Moringa, que tem propriedades superiores ao de oliva, eu não sei.
    O amigo saberia esclarecer algo sobre isso? O Óleo da Moringa serve para fazer sabonetes?

    Grato por sua atenção

    Sds

    • Davidson,
      O óleo de moringa é um óleo medicinal, tem inúmeras propriedades.
      Serve sim para fazer sabão, só que é muito caro, tipo R$ 1000 o litro, se encontrar mais barato, cuidado que pode estar adulterado.

  77. Olá Roberto. Primeiramente gostaria de agradecer e lhe dar meus parabéns pelo conhecimento que você proporciona a todos.

    Tenho uma dúvida. Gostaria de usar o óleo de pracaxi para fazer um shampoo em barra. Ele serve como substituto de algum outro óleo mais comumente utilizado nos sabões?

    Muito obrigada,
    Joana.

    • Joana,
      Estude a composição de ácidos graxos do pracaxi e veja as similaridades com os outros óleos.

  78. Bom dia professor Japudo,

    Tenho uma duvida, usar palma nas receitas de cold process é essencial? Ele pode ser substituido por outo?

    Grata

  79. Professor Akira, boa tarde.
    Admiro muito seu trabalho. Parabéns, sempre e muita gratidão!
    Me tire umas dúvidas, por favor:
    1) nas suas fórmulas não consigo entender onde fica o sobre-engorduramento. Por acaso é a perda de água que contem na fórmula do oliva72 (8%, da coluna D 36)? Na fórmula do oliva72 qual o SE?
    2) Sempre que eu utilizar o hot process eu devo fazer o SE 0% e acrescer ao final do processo 10% de óleo, por ex, ou devo descontar a lixívia durante os cálculos ou qualquer um dos dois modos (desconto e SE) dá no mesmo?
    Grata pela ajuda, desde já!

  80. Oi Roberto, Boa Tarde!
    Comprei essa semana um Álcali que confundo com o KOH, é a Soda Cáustica Líquida. A empresa que me vendeu não me forneceu a fórmula (esse nome é vulgar).
    Gostaria de fazer sabão líquido e por isso comprei o produto. O Sr. sabe do que se trata e se é possível usá-lo para fazer tal sabão?
    Obrigada!

    • Ivy
      Como vc disse, vc comprou soda líquida e não hidróxido de potássio que é necessário para fazer sabão liquido

  81. Olá professor Akira!
    Antes de tudo queria agradecer pelos seus ensinamentos, pois foi o que me possibilitou ter acesso a informações preciosas já que estou iniciando neste universo da saboaria artesanal :))
    Gostaria, se for possível, de tirar algumas dúvidas:
    1. Eu estou comprando dolomita em pó para fazer desodorante e pasta de dente, mas lendo seu artigo:
    “http://www.japudo.com.br/2014/02/20/sabao-de-oleo-usado-carbonato-de-calcio/”
    Gostaria de saber sua opinião sobre usá-la no lugar da vit. E e ROE para evitar oxidação?
    Seria, à princípio, viável?
    Poderia prejudicar a consistência do sabão? (estou fazendo com óleos e manteigas de qualidade para banho)
    Se for uma boa ideia, poderia sugerir uma percentagem?
    2, Qual a quantidade máxima que podemos usar de argila sem que ela também comprometa a “maciez” do sabão?
    Novamente muito obrigada!!!
    Irene Pimentel

    • Irene,
      O carbonato de cálcio não serve para o que vc pretende fazer.
      O uso dele no sabão de óleo usado tb não é conclusivo nos testes que fiz
      Argila pode usar até 5% sobre óleos.

      • Obrigada!
        O carbonato não serve só para o sabão, correto?
        E sobre a argila a gente conta como sobre óleos a soma total dos óleos (saponificados + o superfatting) também? Estou fazendo por HP com 720g de óleos saponificados com 1% de superfatting + 25g de manteiga no final junto coma argila, a vit e o ROE.

  82. Boa Tarde Roberto!!

    Pode me ajudar com uma questão! Aqui na minha cidade (interior de São Paulo) estou com muita dificuldade de encontrar o celofane puro para embalar os sabonetes.
    Encontrei nas casas de embalagens o “celofane torção” indicado para doces e balas em geral…. Mas os vendedores não sabem me dizer se esse celofane é puro ou não…
    Será que eu poderia usar esse torção para as embalagens? ou é melhor comprar pela internet os puros, também vendidos para velas?

    Obrigada!

    • Camila,
      Se chama-se torção, significa que ao ser torcido, fica preso e deve ser celofane natural, vegetal. Se fosse o BOOP que é sintético, plástico de polipropileno, ela ao ser torcido não prende.
      Todavia tem um teste muito simples – pegue um pedacinho e bota fogo (use um isqueiro), se pegar fogo, é celofane vegetal, se não pegar fogo e encolher, é BOOP.

  83. Olá Roberto, fiquei com uma dúvida em relação a porcentagem de OE.
    A medida de segurança para a maioria dos cosméticos é de 3%, por que vc utiliza 6% nas suas receitas?
    E utiliza essa quantidade para todos os óleos, mesmo os aldeídos?
    Obrigada

    • Hanna,
      Sim, o Regulamento EU 1223/2009 permite o uso ate 3% de OE. O problema é que usando os OE vendidos no Brasil, com 3% o sabonete perde o cheiro rapidamente, porisso que uso de 4 a 6% sobre óleos. Estive em Portugal e lá usando 3% de OE, funciona!

      • Nossa, bom saber.

        Essa perda do cheiro tem relação com a reação com a soda?
        Mesmo os óleos da Laszlo? Por que tem alguns que não são extraídos no Brasil.
        E essa porcentagem maior você utiliza para os aldeídos também? Por exemplo, a canela. Ou para esses você permanece com 1% de segurança?

  84. Boa Noite Roberto. Você sabe informar se posso usar o hidróxido de Potássio PA na concentração de 85% para saponificação em sabonete liquido? Só encontro o KOH nessa concentração e vejo que muitas pessoas usam na concentração de 91,5%.
    Caso possa, devo adicionar um pequeno excesso de KOH devido essa concentração menor (85%) ?
    Desde já Agradeço.

    • Thiago,
      O KOH por razões econômicas de manufatura, a pureza (concentração) é no máximo ao redor de 90%.
      Normal ter essa concentração de 85%, pode usar sem problemas, basta compensar nos cálculo.

  85. Olá Mestre, pode me tirar uma dúvida? A AmazonOil está produzindo Extratos. Dentre eles tem:
    EXTRATOS OLEICOS (Como solvente usamos a óleo refinado de girassol e extrato seco da semente/polpa numa porção 5:1 )
    EXTRATOS GLICOLICOS (Como solvente usamos a propileno glicol e extrato seco da semente/polpa numa porção 5:1, deixando o produto hidrossolúvel. )
    EXTRATOS GLICERINADOS (Como solvente usamos a glicerina bidestilada vegetal e extrato seco da semente/polpa numa porção 5:1, deixando o produto hidrossolúvel. )
    Pergunta: qual opção seria a melhor como aditivo para o sabão? No meu entender seria o oléico, mas o óleo é refinado e só uso prensado a frio. O Glicerinado tenho dúvida, adicionar mais glicerina ao sabão, isso seria interessante? O Glicólico sem chances por conter propilenoglicol.
    Pode me ajudar? Trabalho com Cold e Hot. Ah, eles têm de priprioca e cumaru que me interessam muito pelo perfume. Obrigada!

    • Karina,
      Eu não conheço a Amazon Oil.
      Pelas restrições impostas, a única opção é vc usar o glicerinado. Se usar uma pequena quantidade tipo até 5%, não vai impactar na performance do sabão

  86. Olá, bom dia Roberto!!
    Seria possível usar o alecrim em pó como conservante no hot ao invés do óleo resina?
    Se sim, qual percentagem você indicaria por favor?
    Obrigada!!

  87. Ola!
    Bom dia Prof Roberto.
    Parabens pelo site, muito bom mesmo.
    Tenho visto bastante material de sabonete em barra tanto Cold como Hot Process.
    O Sr. poderia falar sobre a relação liquido/massa numa receita de sabonete liquido Cold Process.
    Obrigado.

        • Iedo
          Tem um modo de quantificar a diluição que é em termos de sólidos do sabão. 100% de sólido seria o sabão anidro, o que não existe neste caso. O sabão líquido sai com aproximadamente 60% de sólidos. A diluição para uso seria de uma faixa de sólidos entre 26 a 22%, depende da finalidade que vc quer fazer

  88. Boa tarde, Sr. Roberto Akira.
    Antes de mais nada , quero dizer que sou um grande admirador de seu trabalho.
    Se possível, gostaria de saber se o senhor conhece algum fornecedor de óleo de oliva pomace ou orujo em São Paulo – capital, procurei em vários lugares, mas não consegui achar, e até no Mercadão de SP não souberam me dizer onde eu poderia encontrar.
    Grato pela atenção.

  89. Boa tarde!
    Tudo bem?
    Gostaria de saber quanto à utilização de hidrolatos/hidrossóis e de extratos glicólicos no sabonete cold process. Em que momento esses componentes líquidos devem ser adicionados? Calculo a proporção deles de acordo com a quantidade de óleos?
    Muito obrigada! Até!

  90. Olá, vou inciar produção de sabonetes cold process. Estava fazendo com base vegetal, comprada. Derretia e acrescentava produtos naturais, chá de nozes saponinas liquidificado com aloevera, OE e para coloração, urucum, cúrcuma, açafrão, pó de espinafre, pó de açaí.
    Minha dúvida é se posso diluir a soda na babosa liquidificada com água?
    Aguardo e parabéns pelo excelente trabalho!!

  91. Olá! Primeiramente gostaria de agradecer e parabenizar pelo riquíssimo conteúdo do seu site.
    A minha dúvida é sobre essencias. Estou fugindo um pouco dos sinteticos, mas nao consigo deixar um aroma apenas com os oleos essencias… geralmente depois de prontos os sabonetes ficam com cheiros bem basicos.. O que o sr me sugere? Obrigada pela atencao desde já

    • Luciana,
      Precisa fazer mistura de óleos essenciais, mas é muito difícil obter a força das fragrâncias das essencias sintéticas de boa qualidade.

      • Akira, muito obrigada por responder, uma ultima pergunta! Existem, entao, em sua opniao, essencias sinteticas de boa qualidade? Pois nao produzo apenas o cold process.. poderia estar utilizando elas sem medo? Abraço! (no caso sem medo de ter reaçoes cumulativas no corpo como muitas materias indicam, ao usar-mos essencias sinteticas..) Namaste

  92. Professor Roberto, restou uma dúvida ainda sobre conservação dos sabonetes: seria interessante guardar em embalagem a vácuo? Será que isso garantiria a integridade dos sabonetes por tempo mais longo? Grato!

    • Clomar,
      O melhor é embalar em material que não seja totalmente impermeável, como o celofane vegetal

  93. Olá Sr. Akira, quero te agradecer por compartilhar tanto conhecimento. Você deveria escrever um livro sobre saboaria artesanal. Somos carentes de conteúdo de qualidade sobre o assunto no Brasil, teu material é muito rico. Um abraço.

  94. Sr.Akira,

    Posso utilizar óleo essencial em sabonete líquido a base glicerina?
    Tem alguma restrição?
    Grata
    Leda

  95. Olá Akira, tudo bem com voce?
    Gostaria de saber se posso reutilizar o oleo (girassol) usado em frituras, para fazer sabonetes. Como posso purifica lo?
    Obrigada por toda ajuda que voce tem me dado. Muita luz na sua vida. Um abraço. Eliane

  96. As propriedades dos óleos e dos óleos essenciais se mantêm nos processos de saponificação cold e hot?

    • Fernanda,
      Os óleos na saponificação são transformados em sabão, que é o sal alcalino dos ácidos graxos dos óleos.
      Alguns componentes dos óleos essenciais, como os ésteres regem com a soda no cold process e sofrem alterações de menor grau nas propriedades dos óleos essenciais. No hot process, como os óleos essenciais são adicionados após a saponificação, não sofrem alterações.

  97. Boa tarde! Adorei o conteúdo e queria te parabenizar MUITO! Estou procurando a dias essas informações pela internet pois quero começar a produzir e em nenhum local acho esse conteúdo de maneira clara e gratuita. Muito obrigada!!!

  98. Olá de novo mestre Akira! estou com umas dúvidas e queria mais uma vez poder contar com sua nobreza e conhecimento. É quanto aos pigmentos. Entrei no site que o sr. colocou disponível (acasadoartista) e lá tem um pacote de pigmentos sennelier já fechado de 69,08 , mostra 4 potes , azul, roxa, amarelo e vermelho, logo abaixo mostra algumas opções (com nomes em inglês) e quantidades variadas e individuais 85g, 120g… . estou na dúvida se pode ser quallquer um ou o do pacote. ou se é estrito o uso dos que o sr indicou (óxido de ferro P,VE,A,O – ultramarino AE,AC,VI – óxido de cromo VeC,VeE – dióxido de titânio … se não me engano são os mesmo que estão no arquivo que o sr mandou FDA – Color Additives Approved for Use in Cosmetics.
    se não for abusar gostaria de pedir mais umas informações , tenho alguns litros de oleo de cozinha usado e gostaria de fazer um sabão para usar para lavar louças e roupas. minha dúvida é se nesse tipo de sabão é preciso usar algum sobreengorduramento com nos sabões para o corpo? ou se pode deixar no limite do IS? a soda é 29% 32% ou 50%? obrigado pela atenção e compreensão ^^

    • Erico,
      Esqueça compra neste local os pigmento. Mais fácil e barato é na império do banho.
      Sabão de óleo usado deixa o SF em zero e use concentração de 32%

      • Olá Akira, meu nome é Juliana. Admiro seu trabalho e agradeço por compartilhar seu conhecimento. Tenho uma dúvida.

        Nas lojas os valores são muito altos, por exemplo um galão de óleo 5l chega a custar R$ 1.000 pra cima a depender do óleo. Será que tendo um CNPJ vendem mais barato?

        E os óleos essenciais?! São muito caros! Como vou usar no Cold process visto que essência não é aconselhável?
        Você tem alguma dica pra mim estar barateando o custo?

        • Juliana,
          Para fazer um sabão básico vc só precisa de óleos que custam em média 20 reais o litro.
          Óleos essenciais são realmente caros e o melhor custo/benefício é comprar na Ferquima

  99. Oi, Roberto!
    muito grata pela disponibilização desse conteúdo!

    Meu ocorreu uma dúvida quanto o cálculo da quantidade alcali “à mão”, nesse cálculo já inclui a sobregordura? Como posso calcular a sobregordura?

    grata! até mais!

    • Inaê,
      Calcule a quantidade para 100% de óleo, cálculo normal.
      Feito isso é só descontar a % de sobregordura.
      Por exemplo, suponha que a quantidade de soda deu 50g.
      Se a sobregordura que queres é de 5%, p cálculo será, 50 x 0,95 = 47,5g de soda

  100. Olá Roberto!
    Muito obrigada por sua partilha de conhecimentos. Tenho feito sabão e lido bastante a respeito. Ando com uma inquietação: se no processo a frio, as propriedades dos óleos são mantidas? Ou seja, se vale a pena investir em óleos caros para saponificar, encarecendo a receita? O que pensa a respeito e o que tem como pesquisa e experiência nesse tópico? Poderia compartilhar? Agradeço muito

    • Daniela,
      No cold process o meio alcalino da saponificação destrói os ativos quer sejam dos óleos extraídos a frio, ou dos ativos, por exemplo, das plantas e ervas.

  101. SR. Akira, novamete me surge outra pregunta, desta vez sobre pigmentos. É possível utilizar pó de cochinilla (carmín natural)? É que nas Canárias ha cultura da parasita e é fácil conseguir, até por preço. Quanto calcula que seria a percentagem “inicial” para uma tonalidade rosa claro?
    Agradecida

  102. Olá Akira, tudo bom?
    Fiquei com algumas dúvidas e ficaria grato com sua ajuda.

    1) Eu não encontrei estas marcas de pigmentos na região onde eu moro. Após algumas pesquisas eu encontrei esta marca de corantes SARAMANIL que é aprovado pela ANVISA. Você já ouviu falar desta marca?

    2) Existe muita diferença entre o OV de Palma para o OV de Palma Refinado?
    O IS é o mesmo?

    3) Qual marca de Oleos Essenciais você utiliza? Você compra a granel?
    Tem alguma indicação para me dar pf?

    Muito obrigado.

  103. Boa noite sr Akira, gostaria de saber se é possível fazer sabões com a glicerina produzida na saponificação de óleos vegetais saturados.
    Existe diferença de qualidade entre as glicerinas produzidas entre os óleos
    (saturados e não saturados ?)

  104. Olá querido mestre!!!
    Estou nos primeiros passos da saboaria natural, gostaria de tirar algumas dúvidas, como vejo que o senhor se disponibiliza a ajudar nós, meros mortais, venho pedir seu auxílio! Rsrs
    1 – As propriedades medicinais dos óleos saponificados se mantém após a reação química ter ocorrido ou se mantém apenas as características físicas que os óleos graxos conferem ao sabão depois de pronto (dureza, emoliencia, espuma etc etc) ?
    2 – Já li que os óleos de coco, babaçu e palmiste são semelhantes em suas características conferidas ao sabonete dps de pronto. Seria “redundante” usar coco e palmiste na fórmula: palma, palmiste, coco , algodão e mamona (ou oliva)? O que acha dessa formulação (ainda sem o devido Equilibrio). Caso ache desnecessário, qual considera melhor, coco ou palmiste?
    3 – Ao realizar o rebatch de um sabão cold process 0% superfatting posso acrescentar os 5% de um óleo com boas propriedades pra enriquecer o sabão por hot process?
    4 – Em que etapa do cold e hot seria acrescentada a óleo resina de alecrim?
    5 – Moro em uma região que tem sempre alta umidade relativa do ar, que dificulta a cura dos produtos após enformados, gostaria de saber se ao invés de deixar em local arejado eu poderia manter dentro de um local fechado (armário grande) com atmosfera controlada por um desumidificador de ar?
    Gratidão por todas as suas contribuições!! Muita luz para o senhor!
    Abraços! Thais

    • Thais,
      1- os óleos essenciais são, na maioria dos casos, insaponificáveis, os que contém esteres podem eventualmente reagir com a soda.
      2- os óleos lauricos – coco, babaçu e palmiste, são todos equivalentes, poder ser intercambiados sem nenhuma alteração nos cálculos.
      Usar um ou mais, depende é da disponibilidade
      3- Pode, sem problemas
      4- Pode ser colocado na mistura com os óleos
      5- O desumidificador resolve o problema

  105. Olá, boa noite. Obrigada por disponibilizar seu conhecimento!

    Por acaso o anti oxidante e/ou conservantes devem ser utilizados no hot process?

    • Eli,
      Depende da composição de óleos, e somente antioxidantes, no sabão nao é necessário conservantes.
      Se na composição de óleos tiver óleos poiinsaturados representativamente, é necessário antioxidantes

  106. Olá mestre! Td bem?
    Vejo muitas pessoas usando oleatos, extratos oleicos (base de azeite de oliva) caseiros de ervas medicinais pra “justificar um enriquecimento” do sabão no cold Process. Porém sei que o ph da reação inutiliza os princípios ativos de tais ervas se utilizadas na forma de chás, infusões etc etc. Usar dessa forma como extrato oleoso no CP também inutiliza os princípios? Mesmo se utilizado dps de atingir o traço? (Já li gente justificando o uso pq adiciona dps do traço) . Gratidão

    • Thais,
      Isso é um dos mitos da saboaria, no traço ainda tem mais de 90% de soda livre sem reagir e portanto vai reagir com aquele óleo de argan de 400 reais o litro que as pessoa pensam que nao vai reagir depois do traço.
      Se quiser usar extratos/tinturas tem que ser no hot process

  107. Mais uma perguntinha rsrs…
    despejar ervas secas em pedacinhos dentro da massa do cold “queimaria” as ervas? Elas ficariam apenas com propósitos estéticos mesmo?
    Gratidão mestre
    Thais

  108. Mais uma perguntinha rsrs…
    despejar ervas secas em pedacinhos dentro da massa do cold “queimaria” as ervas? Elas ficariam apenas com propósitos estéticos mesmo?
    Gratidão mestre
    Thais

    • Thais,
      Isso mesmo, efeito estético, mas não deixe essas plantas para fora da massa pois aí cria bolor, mofo

  109. Olá, tubo bem?
    Tenho uma duvida.
    Na fase gel do sabonete, a temperatura fica muito alta… os óleos essências e o que restar dos óleos vegetais da santificação, perdem as propriedades benéficas para a pele por causa dessa alta temperatura?

    Desde já, agradeço.

    • Camila,
      A maxima temperature da fase gel fica em torno de 65 graus e por pouco tempo, insuficiente para causar danos nos óleos essenciais e inócua nos olhos vegetais

  110. Olá professor! Quero fazer um sabão só de coco licuri, seguindo a sua ideia do sabão de coco 100%. Mas estou com muita dúvida, pois não consegui achar ainda o IS desse óleo de Licuri. O senhor saberia qual é? E qual superfatting me recomendaria – algo em torno de 18 – 20%? Um abraço !

  111. Roberto,
    Utilizo normalmente Palmiste, Oliva, Estearina, Mamona e essências aromáticas para fazer sabonetes.
    Observei que quando utilizo o óleo de Palma, o cheiro das essência ficam menores. Isso tem sentido ou estou equivocado?

    Grato

  112. Boa tarde Akira!
    No Cp as argilas e carvão ativado perdem suas propriedades também ou mantém? Como elas podem acelerar o trace qual seria a melhor hora pra adicionar? Recomenda alguma concentração % pra usar sem afetar a massa?
    Gratidão

    • Thais,
      São materiais inertes, não reagem com a soda e mantém as propriedades.
      Recomendo misturar com os óleos antes de adicionar a soda.
      Aprox. 5% sobre óleos pra as argilas e 2% para o carvão, menos deixa o sabão cinza ao invés de preto

  113. Boa noite, Senhor Akira!
    Estou pensando em começar a fazer sabonetes e seu site foi um achado! Tirou muitas das minhas dúvidas, mas lendo os comentários me deparei com algo que eu não havia pensado: a perda da propriedade dos óleos essenciais. Desde então, surgiram algumas dúvidas:
    1. Eles SEMPRE vão perder 100% das suas propriedades?
    2. Existe alguma forma de evitar isso além do hot process?
    3. Já que eles perdem as propriedades e são demasiado caros há algo que posso usar para substituí-los no quesito fragrância?
    4. E os pós (açafrão, canela, argilas, café, carvão ativado…) eles também perdem suas propriedades?
    Desculpa o número de perguntas! Agradeço DEMAIS se o senhor puder responder.
    Ah! Uma última dúvida: O senhor já trabalhou com hot process? Existe alguma forma de fazê-lo sem a panela elétrica? E em que fase do mesmo eu adicionaria os pós? OBRIGADA!

    • Laíny,
      Os óleos essenciais, na maioria dos casos não reagem com a soda no cold process. Alguns que contém ésteres, por exemplo, a lavanda, uma parte vai reagir com a soda.
      Se fizer o hot process esse meio fortemente alcalino do cold, não existirá e portanto os OE ficaram íntegros.
      No cold não é possível usar essências normais, precisam ser os compatíveis com o cold.
      Nenhum desses pós reagem com soda, a única dúvida é a canela
      Pode usar o banho-maria para fazer o hot

      • Obrigada por tirar minhas dúvidas! De ontem para hoje mais algumas surgiram – vou deixar aqui e se o senhor puder responder será de muita ajuda:

        1. Visto que, pelo que entendi, os óleos vegetais perdem propriedades durante a saponificação no cold process é errado e prejudicial à pele usar produtos de qualidade inferior, como os óleos refinados?
        2. Caso dê para usá-los (os óleos refinados) existe algum cuidado que devo tomar? Por exemplo: eles precisam de temperaturas diferentes ou algo do tipo?
        3. Li rapidamente um comentário em um blog de um rapaz que defendia o uso de SEQUESTRANTES DE METAL e fiquei bem confusa. Ele dizia que usar esse sequestrante (um sal sódico) o protegeria do “cálcio, ferro e magnésio” encontrados na água utilizada para fazer o sabonete. O senhor sabe de algo sobre isso? O uso é realmente necessário? Se sim, indicaria algum “sequestrante”?
        4. No mesmo comentário esse rapaz indicou piamente o uso de antioxidantes, falou que usa um alimentício e disse que desde seu uso seus produtos não mais “rancinificam”. O senhor faz ideia do que seja essa questão de rancinificar e do que fazer para que isso não ocorra? Pois li todo o seu material e vi que o senhor dispensa o uso de antioxidantes e de conservantes. Isso mudou nos dias atuais? Ou o problema está, provavelmente, na formulação uilizada por esse rapaz do comentário?
        5. Por fim, o que o senhor pode me falar sobre a validade dos produtos do cold process? Vi que duram apenas 60 dias antes de sofrerem ação do meio, (estragar) isso é real?

        Peço desculpas se estiver abusando da sua generosidade, senhor Akira – não é a intenção. Um ótimo dia para o senhor.

        • Lainy,
          Nenhum problema de usar óleos refinados
          Não existe mudanças ao usar óleos refinados ou não
          Quelantes são usados para que o sabão funcione em água dura, água que contém teores altos de cálcio e magnésio. O sintético mais usado é o EDTA e correlacionados, mas isso não é usado na saboaria natural. Pode usar o gluconato de sódio e/ou citrato de sódio
          Antioxidantes se usam qdo a composição de óleos do seu sabão nao é balanceado e tem óleos poli-insaturados. Eu nunca usei antioxidantes e tenho sabão com mais de 10 anos sem nenhuma oxidação. O antioxidante usado na saboaria natural é o óleo resina de alecrim
          Sabão duram muito, como falei, tenho sabão com 10 anos. O prazo de validade nominal que se colocam é de 2 anos

  114. Boa tarde, senhor Akira.
    O senhor poderia tirar algumas outras dúvida?

    Estive pesquisando sobre extratos e vi que tem uma infinidade de opções:
    Extrato SECO SOLÚVEL, extrato OLEOSO, extrato NATURAL (obtido pela fermentação do milho), extrato de GLICERINA, extrato AQUOSO e extrato GLICÓLICO.
    – Dá para usar algum deles no cold process no sentido de aromatizar e conferir propriedades ao sabonete? Ou apenas os óleos essenciais conseguem aromatizar e conferir propriedades?
    – Também vi que existe MUITA erva e frutas em pó (chá verde, amora, açaí, etc). O senhor acha que eles mantém a propriedade se adicionados à sabonetes feitos no cold ou apenas no hot?
    – O mesmo pergunto para dolomita, cristais de quartzo e sal do himalaia. O senhor sabe algo a respeito deles manterem ou não suas propriedades quando em contato com a soda?

    MUITO OBRIGADA desde já.

    • Lainy,
      No cold com raras exceções a soda acaba por destruir os ativos das plantas e ervas, e tb não aromatiza.
      Essas substancias minerais são inertes à soda

  115. Olá professor Akira! Preciso de mais uma ajuda sua. Como posso encontrar uma receita, e/ou tutorial, para fazer sabonete líquido, de castela, 100% Oliva? Com Hidróxido de Potássio. Já tenho feito ótimos sabonetes em barra há muito tempo, bem adequados à minha sensibilidade; só que agora, eu gostaria de testar a modalidade de sabonete líquido, pode ser que seja até melhor para mim. Seria parecido o processo com o Cold ?

    Um fraterno abraço!

    • Clomar,
      Tem um problema, foi estabelecido a Portaria 240 (14/03/2019) do Ministério da Justiça que revoga a anterior sobre produtos químicos controlados pela Policia Federa. Agora não tem mais a excessão que permitia a compra de 2kg/mês para pessoa física do hidróxido de potássio.
      Desse modo não é possível mais fazer artesanalmente sabão usando KOH

  116. Prof Akira!
    Obrigada por compartilhar as informações de saboaria de modo sério e científico. A saboaria é um processo químico e devemos entender o que estamos fazendo para poder se aventurar em outras formulações e você demostra isso muito bem!
    Você já pensou em publicar um livro sobre saboaria?
    Seria ótimo !

    Abraços